Thursday, February 14, 2013

“Along Comes A Woman”- Chicago (Música Com Memorias)



Passei anos a interrogar-me como se chamava este tema e quem o interpretava. Estas questões existenciais são extensíveis a muitos outros temas que fazem parte da minha vida, das minhas memórias, da minha infância e que eu não consigo achar por falta de informação.

Achei este por acaso. Não chegaria lá se andasse à procura, com toda a certeza. Estava a ouvir temas dos Chicago no Youtube e apareceu-me o CD dos êxitos da banda que fora liderada por Peter Cetera. Como sempre acontece quando encontro um álbum completo, andei para a frente para ver que músicas tinha e então achei esta. O primeiro passo estava dado. Esta música é dos Chicago. Faltava o título mas agora era mais fácil.

Indo ao Google e escrevendo o nome do CD, era dado o alinhamento das músicas. E assim consegui toda a informação de que necessitava para escrever esta pequena história.

Isto passa-se em 1989 ou 1990. O meu pai tinha uma cassete de música brejeira que eu desgravei colocando fita-cola nos cantos. Essa cassete era usada vezes sem conta para eu e a minha irmã gravarmos as nossas tropelias. Ouvíamos, riamo-nos, voltávamos a gravar outra coisa, e assim aquela cassete já tinha centenas de gravações em cima.

Uma tarde, já não me lembro como foi, terei apontado a cassete parra gravar a próxima música que passasse na rádio que estávamos a ouvir e que, naquela altura, não podia ser outra que não a Emissora Voz da Bairrada. A música que tocou foi esta. Nunca a tinha ouvido e adorei-a. Ela não ficou no início da cassete, ficou aí a meio. A partir daí, para não apagar a música, as gravações das nossas tropelias começavam a seguir a esta música. Era eu que mexia na cassete, portanto não havia hipóteses de se apagar este achado que ouvia vezes sem conta.

Depois gravei algo nessa mesma cassete que me saiu tão bem, que não sei como fiz. Mais uma parte que não era para apagar. Do outro lado da cassete gravei o “Las Vegas” dos Deacon Blue. Funcionava quase como um single com uma música de cada lado. Resumindo: ficámos com um espaço reduzidíssimo para as nossas tropelias.

Certo dia, a fita dessa cassete partiu e enrolou. Fiquei destroçada. Já não iria ouvir estas duas músicas. Penso que ainda a tenho guardada, ou tinha, apesar da fita partida.

Agora com as novas tecnologias, posso ouvir novamente ambas as músicas. Quanto às nossas gravações desse tempo, perderam-se para sempre.

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