Wednesday, October 31, 2012

Futebol de doze

E siga a música! Norueguesa, com certeza, que por este andar, com as ideias peregrinas que lhes estão a assolar as suas mentes, como ficaram em último no Festival Eurovisão deste ano, os Noruegueses estarão a pedir à Eurovisão para em 2013 apresentarem duas músicas a concurso.



Então não é que os Noruegueses estão a ponderar uma situação em que uma equipa jogue com doze jogadores? Doze. Não estou a falar do árbitro que, com as suas decisões tendenciosas, por vezes mais parece um décimo segundo jogador de uma equipa. Estou mesmo a falar de doze jogadores da própria equipa. Estes Noruegueses enlouqueceram! É o frio que já lhes coalha a massa cinzenta.

Segundo esses iluminados da bola lá dos fiordes, sempre que uma equipa esteja a perder por mais de quatro golos, terá direito à entrada de um jogador suplementar. Espantoso! A equipa é tão fraca, já perde por muitos, onze daqueles não lhes chegam e ainda tem de entrar mais um igualzinho, ou, estando no banco de suplentes, ainda será pior do que os outros. A menos que esse jogador seja o Maradona ou o Pelé que, com a sua idade avançada, não deixariam de fazer a diferença com o seu talento inato e ainda mostravam a esses pés de chumbo como se trata com amor a redondinha.

Bem, presumo que o jogador suplementar seja avançado para tentar ao menos fazer superioridade numérica lá à frente. De outra forma, não se justificava a entrada de mais este jogador. A perder por mais de quatro já eles estavam, não se justificava entrar um defesa e muito menos um guarda-redes.

Provavelmente esta ideia não irá por diante, até porque levanta muitas questões pouco claras. Ao ser necessária a entrada de mais um jogador para fazer face à humilhante derrota, já se assume que a equipa não tem capacidade de lutar com armas iguais contra o seu adversário. E que pensarão os onze jogadores que estão em campo ao verem mais um para entrar? Pensam logo que são uns falhados, uns pés de chumbo, que estariam melhor na pesca ou na costura e não no relvado.

E as bocas que seriam dirigidas a essa equipa: “Vocês perderam por 0-8? A jogar com doze? Arrumem as botas e dediquem-se a qualquer coisa mais séria e não envergonhem mais os adeptos que estiveram ao frio a aplaudir o vosso fracasso.”

Bem, estamos a falar de nórdicos, que não são tão aproveitadores como os latinos em matéria de contornar as leis. Se isto se passasse cá no nosso Portugal, estaria agora a haver uma revolução e, se a ideia vingasse, não faltariam clubes que se deixassem perder para depois sacarem da sua arma secreta que estava no banco.

Se os Lusitanos um dia vissem a sua equipa do coração, fosse ela da Primeira Liga ou dos solteiros-casados lá da aldeia, a jogar com doze por a derrota já ser pesada, nem quero imaginar as bocas, sempre acompanhadas com um gole de tintol e umas cascas de tremoço arremessadas contra o banco do seu treinador.

Aguardam-se pois, novos desenvolvimentos desta incrível história que nos chega da terra do bacalhau. Para animar os meses frios que se avizinham.


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