Tuesday, October 30, 2012

“Canção Da Manhã”- Rao Kyao (Música Com Memórias)



Quando pensei em escrever este texto, não me lembrava do título deste tema, e muito menos do nome da série de que ia falar e que povoa a minha memória.

Eu lembrava-me apenas e só desta série que passou na televisão, ainda andava eu na escola primária. Pelo que me lembro, alguém que se chamava Vasco andava por um sótão e apareceu-lhe o espírito de um velho que lhe indicou onde estava um anel.

A partir daí já não me recordo de mais nada, apenas da música. Vejo agora aqui que esta série foi escrita por Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada -as mesmas escritoras que me puseram o bichinho da leitura alguns anos mais tarde.

Nessa altura tinha muito medo do escuro. Só deixei de ter medo de dormir num quarto escuro há uns seis ou sete anos. Até aí, se o quarto estivesse muito escuro ou a noite não tivesse lua, seria certamente uma noite mal dormida.

Numa noite algures perdida na minha infância, estava um luar esplendoroso, tal como se fosse de dia. Eu estava feliz por não estar escuro. Gostava imenso das noites de Lua. A certa altura, passou uma nuvem mais espessa e tapou a Lua. Arrepiei-me de medo porque, ao mesmo tempo, me lembrei da voz cavernosa do velho que apareceu no sótão.

Agora, que conto isto, não posso deixar de me rir. É que, nos dias de hoje, eu devoro tudo o que tenha a ver com o Além, com fantasmas, almas penadas, sobrenatural e afins. Sinto grande atracção e curiosidade por essas coisas. Na época a que remontam estes acontecimentos, a simples alusão a essas temáticas tirava-me o sono.

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