Monday, March 12, 2012

Noite não muito descansada

Há noites em que nem vale a pena nos deitarmos porque acordamos ainda mais cansadas do que quando nos fomos deitar. Esta foi uma delas.

Lembro-me vagamente de alguns episódios oníricos sem ligação uns com os outros. São pequenas histórias cheias de intensidade. Não me consigo recordar da ordem exacta em que elas ocorreram no meu subconsciente.

Sonhei que o meu computador portátil tinha caído ao chão por acidente. Fiquei desesperada. A queda nem foi muito violenta mas seria o suficiente para o danificar. Para já, tinha o ecrã partido. Liguei-o. Começou-me a abrir caixas de verificação e a apresentar um ecrã negro com letras brancas. Pensei que resolveria o problema mas estava difícil.

Sonhei depois que via uma novela brasileira. Já não é a primeira vez que sonho com algo do género. Dois indivíduos discutiam um com o outro. A certa altura, um deles saca de uma arma e mata-o a sangue frio. Foi pretexto para me recordar de cenas sangrentas de novelas e me assustar. Sim, porque eu em sonhos tenho medo dessas coisas, o que não acontece na vida real.

Esta parte parece mesmo real e também é um sonho que se repete até à exaustão. Era de manhã bem cedo, sensivelmente umas seis e meia da manhã, mas já estava completamente de dia. Os meus pais e a minha irmã ainda estavam a dormir e eu preparava-me para seguir a pé até à paragem da camioneta.

Olhei para cima, para o lado de Vila Nova, e vi os semáforos azulados de uma ambulância. Logo corri para casa a avisar os meus pais do sucedido. Eles logo se levantaram de rompante. A ambulância veio para baixo e, para nosso espanto, entrou pelo nosso terraço a dentro. Nós olhávamos estupefactos. Mas que queriam? Os bombeiros insistiram no facto de os terem chamado de minha casa mas nós não sabíamos de nada. Penso que a ambulância acabou por sair dali a apitar com estridência, acordando toda a gente.

Percorro agora uma rua muito alterada oniricamente que é em Anadia. Apesar de estar tempo de chuva, há mesas postas com toalhas avermelhadas na rua e há copos em cima da mesa. Os copos estão vazios e cheiram a vinho ou a cerveja já de há alguns dias.

Eu e a minha mãe ainda passámos pelo cemitério. Continuava a chover. A minha mãe limpava e enfeitava a sepultura do meu primo.

Mas o despertador nunca mais toca? Que horas são? A janela está corrida até cima. Pelo barulho que já se faz sentir na rua, presumo que já seja de dia. Será que o despertador já tenha tocado e eu não o tenha ouvido?

Alguém faz barulho na rua, com uma gritaria insuportável. Mas que raio de horas são?

Finalmente o despertador tocou e acabou toda esta inquietação de sonhos.

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