Tuesday, August 30, 2011

Quem faz mais barulho dentro da igreja???



Na maioria das vezes, esqueço rapidamente o motivo pelo qual acordei às gargalhadas. Temi que isso pudesse acontecer desta vez mas o esforço de relembrar o episódio valeu a pena. Temos aqui simplesmente um sonho brutal.

Eu fazia parte de um grupo qualquer de desportistas equipados a rigor com fatos de treino verdes e sacos de Desporto a tiracolo.

Entrámos numa igreja onde estava a decorrer uma missa ou qualquer outro acto religioso. Um amigo meu sacou de um pequeno rádio de pilhas e ligou-o para ouvir a informação desportiva. Quase parecia o meu pai de rádio colado ao ouvido a prestar atenção às últimas do Glorioso. Apesar de ele ter o volume do rádio no mínimo, dentro da igreja o som duplicava e aquilo era uma perfeita aberração.

Toda a gente olhava para trás com ar indignado. Com a acústica típica das igrejas, a informação sobre a equipa que o Sporting deveria fazer alinhar em determinado jogo e a entrevista de João Moutinho faziam-se ouvir muitos decibéis acima do que realmente o rádio estava a transmitir. O rádio, apesar de estar com o volume no mínimo, estava ali a fazer uma algazarra incrível. Devia era estar desligado.

Se pensam que este foi o maior sacrilégio cometido naquele templo onírico, desenganem-se. É que o melhor e mais cómico está mesmo para vir. Como se não fosse hilariante alguém ligar um rádio em pleno culto religioso!

Junto a um dos bancos laterais havia uma mesa luxuosamente posta, imagine-se. A pessoa que estava sentada à mesa, por acaso, até foi aquela que mais se insurgiu contra o rádio ligado, vejam lá. Se calhar incomodava-lhe o repasto. Foi por isso que me devo ter rido tanto. A criatura comia sofregamente. Parecia um javardo. Só o barulho que fazia a mastigar, ecoava também pelo templo inteiro. Ninguém se incomodou.

Imagine-se que a criatura que estava elegantemente sentada à mesa começou a falar alto, a ajavardar e a dizer mal da comida com a boca cheia a cada garfada que colocava na boca. Visivelmente irritado, o indivíduo mandou um empurrão na mesa e todo o seu conteúdo, incluindo a toalha vermelha e branca em xadrez, se espalhou pelo chão. Foi gargalhada geral.

Acordei a rir-me que nem uma perdida.

Sonhei ainda com blogs, relatos desportivos, cães que não apareciam em casa e com uma cena que tinha como protagonista a minha irmã que subia umas escadas muito íngremes, sem corrimão de ambos os lados e num espaço exterior.

Da primeira vez, ela havia-se estatelado dali abaixo apenas subindo dois degraus. Ela levantou-se como se nada fosse e voltou a subir. Desta vez ia já no quinto degrau quando se estatelou. Logo acorreram junto das escadas inúmeras pessoas ávidas de tragédia, até porque ela ficou largos momentos no chão antes de se levantar lentamente.

As pessoas que ali se encontravam teciam comentários ao sucedido e protestavam veementemente contra a falta de segurança daquelas escadas. Já há tempos, uma amiga nossa havia caído mesmo de lá de cima. Faltava um dia para ela ir de férias para um destino paradisíaco e ela estava eufórica com isso. Havia sido uma sorte não se ter magoado a sério e não ficar com as férias de sonho estragadas.

Já há muito que não sonhava com coisas tão curiosas! Que noite tão produtiva que deu origem a um texto que promete fazer furor neste meu humilde espaço.

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