Saturday, August 27, 2011

Férias em estado selvagem



Verão, tempo de férias, de descanso, de descontracção. Embutido nesse espírito, o meu subconsciente apresenta um cenário de férias em que os intervenientes se propõem a viver quase como os nossos antepassados. Tudo é permitido. Tudo mesmo.

Comecemos a narrar esta nossa aventura para esta noite de Verão!

Eu julgo que este sonho teve origem numa reflexão que havia feito na noite anterior em que eu chegava à conclusão de que nós, seres humanos, apesar de sermos dotados de toda a racionalidade e pensamento lógico, não passamos de animais como outros quaisquer.

Veio isto a propósito de uma reportagem sobre uma execução massiva no Paquistão em que a agonia da morte de seres humanos em nada diferia da de um porco ou de um boi quando é espetado para nos dar a sua carne como alimento.

O meu subconsciente transformou isto em algo mais agradável, a roçar mesmo a fronteira do sonho erótico, em que a nudez está muito presente.

No meu sonho todos os intervenientes estavam nus ou seminus, comiam e bebiam conforme as suas necessidades básicas e não se preocupavam com o que os outros pensariam deles. Eram, sem dúvida uns dias de férias diferentes.

Estávamos na selva. As necessidades fisiológicas eram feitas sem o mínimo pudor, tal como um cão ou um gato costuma fazer. Roupas para quê? Elas estorvavam. As poucas pessoas que ali andavam vestidas nem perdiam tempo a tirar a roupa quando iam fazer as necessidades. Valia mesmo tudo.

Das poucas pessoas que reconheci naquele cenário, a que recordo com mais nitidez é a minha vizinha. Lembrava que nunca a tinha visto nua mas ela parecia divertida com a minha nudez.

As férias terminaram com uma viagem de comboio de...Torres Novas (????) . Era o fim de uma semana em que toda a gente viveu as emoções da selva. A javardice ficava para trás. Dormia-se profundamente durante aquela viagem de comboio. Quando toda a gente acordasse, estaria de volta à civilização e deixaria para trás aquele mundo mais primitivo.

Eu também acordei...na cidade. Por acaso os Covões até têm o seu quê de selva, tal é o barulho que os alegados animais racionais fazem, não deixando ouvir os funcionários a chamar para as consultas e não obedecendo aos berros desesperados de quem tenta manter a ordem.


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