Thursday, August 25, 2011

“Anjos E Demónios” (impressões pessoais)



Depois de um dos livros mais enfadonhos que alguma vez li, acabei por escolher uma obra que sabia de antemão que me iria absorver do princípio ao fim e me iria causar grande prazer em ler.

Estou a falar da famosa obra de Dan Brown “Anjos E Demónios ” que narra uma conspiração contra o Vaticano perpetrada por elementos da Santa Se.

O camareiro do Papa recentemente falecido em circunstâncias pouco claras é o personagem fulcral de toda esta aventura. No início custa a acreditar. O homem parece ser inofensivo e até uma personagem a quem não se aponta um único pecado. Aliás, ele vivia mesmo para a purificação da alma e pretendia destruir todos aqueles que tentassem um acordo com os cientistas numa tentativa de chegar a entendimento e acabar com as divergências que duravam há séculos e que conduziram ao extermínio e tortura de muitos homens da Ciência.

O carmelengo era um fanático religioso, digamos assim, e pretendia acabar com a crescente influência da Ciência na Igreja e, por conseguinte, com o Papa e todos quantos seguiam as suas ideias. Para colocar em marcha o seu plano, serviu-se precisamente do nome e dos símbolos de uma antiga irmandade que o Vaticano erradicou e que lutava pela aceitação dos avanços científicos- os Illuminatti. Por acaso essa irmandade não me era de todo estranha e cheguei a ver algures algumas adaptações dos seus símbolos com aquela simetria.

No dia do Conclave para eleger um novo Papa, foi preparado um atentado para ferir de morte o coração do Catolicismo. Foi roubada a última tecnologia do CERN- o laboratório que implementou o acelerador de partículas e foram raptados e mortos os quatro cardeais melhor colocados para serem eleitos como o próximo Papa.

Ao longo do livro, fica-se com a sensação que os maus são bons e vice-versa. Na minha opinião, o leitor nunca chegará a ver o carmelengo como um assassino daqueles de quem se sente vontade de também o matar. Eu vejo este homem como um louco, um fundamentalista, um fanático religioso que não olhava a meios para manter intactos os dogmas da sua Igreja. Nem que para isso tivesse de matar e destruir.

Uma nota para algo que eu li aqui no livro. A certa altura fez-se uma referência á Rádio Vaticana como sendo a rádio mais ouvida no Mundo. Senti um certo orgulho. Há uns anos atrás, fui então entrevistada pela rádio mais ouvida do Mundo?

Resta dizer que o carmelengo, antes de pôr termo à vida, se tornou Papa por aclamação e foi sepultado pelo cardeal que presidia ao Conclave (que foi eleito Papa pelo mesmo) na Catedral para onde vão todos os Papas.

A próxima obra que vou ler é um clássico da literatura mundial. Não será tão interessante como a obra que acabo de ler mas tem de se variar um pouco. Ao longo das próximas semanas irei ler “Orgulho E Preconceito” de Jane Austen.

No comments: