Sunday, July 30, 2006

Rescaldo da inundação

Este título…Rescaldo de quê?!! Rescaldo de uma inundação?! Bem, devia ter dito antes “balanço”, mas sempre ouvi referirem-se ao “balanço” de algo como sendo o “rescaldo”. Mas o rescaldo de uma inundação?!!

Devo me ter deitado bastante tarde. Estava a ler o livro “Uma Aventura no Comboio” e ia vendo os resumos do Mundial 2006.

Sei que sonhei que alguns dos meus gatos tinham sido atropelados à minha porta. Era o Mong e não sei mais qual. Seria um presságio para o que eu ia assistir naquele dia.

O dia amanheceu enevoado e ameaçava chover. Por falar em chuva, como estariam as instalações da ACAPO depois da inundação? As instalações da ACAPO já estavam secas, mas havia um cheiro esquisito entranhado. Cheirava a humidade ou lá o que era. Restava saber se os computadores estariam a postos para eu resolver uns assuntos pendentes.

Tudo estava em ordem com o computador e eu pude ver se me tinham mandado alguma mensagem acerca da ida a Espanha. Na impossibilidade de me contactar de outra forma, a responsável por esse assunto podia ter usado o correio electrónico para me dar notícias. Realmente foi isso que aconteceu. Teria de começar a trabalhar para preparar tudo para estar em Madrid no dia 3 de Julho.

Depois de ter consultado a correspondência, fui ver o que se estava a passar no Ciclismo e, mais precisamente, o que é que a Rabobank andava a fazer. Denis Menchov venceu categoricamente a 4ª etapa do Dauphine Libere que é uma prova que serve de teste para o Tour. O ciclista russo também experimentou o chão numa outra etapa da mesma prova, mas não foi nada de grave.

Por falar em Tour, a nossa equipa este ano parece que vai levar o Thomas Dekker à competição mais importante do Ciclismo. Será também o último Tour do Erik Dekker que termina a carreira no final desta época. A aposta será- mais uma vez- na camisola da Montanha pelo dinamarquês Michael Rasmussen. O esboço da equipa já está feito, depois é só escolher quem dá melhores garantias de êxito individual e colectivo.

Sonhei com gatos em apuros e tive de ver uma cena que me fez lembrar esse sonho. Estava um carro estacionado em frente á Telepizza com um gato fechado lá dentro que miava horrivelmente. Fui e vim do almoço e o carro com o gato ainda lá estava. Mas as pessoas não sabem que não devem deixar assim os animais? Vão ver que o pobre do gato esteve ali por mais tempo. O dono também precisava de ficar fechado algures para ver o que era bom!

Algumas horas depois, tive de passar no memo local onde estava o carro para ir para o Pavilhão e o gato não podia mais de tanto miar lá dentro. Aquilo doía! Apeteceu-me partir o vidro para o pobre animal sair!

Fui ver o que poderia fazer naquele fim de tarde no Campeonato do Mundo de Ginástica. Fui para a tenda onde se vendiam os produtos do evento. Havia uma grande variedade de artigos para escolher e eram bem engraçados! Aproveitei e comprei também um boné laranja (tinha de ser).

Havia, no entanto, uma gritaria de mulheres que se ouvia lá em cima. Era uma senhora que devia estar incomodada com algo e discutia com toda a gente. Era de gritos mesmo!

Apareceu por lá um senhor russo que falava português e que se chamava…Vladimir. Eu disse-lhe que a maioria dos russos tinham esse nome e ele sorriu com ar divertido. Boa disposição era o que se queria ali. Nada de confusão, barulho e gritaria.

Chegou a hora de “fechar a loja”. Havia que arrumar tudo muito bem e de modo a caber nos recipientes. De referir que essa tarefa não era fácil porque ainda restava muito material e as caixas eram só duas. Depois de muito esforço, lá conseguimos guardar as coisas para o dia seguinte.

Chegou rapidamente a hora de ir para casa. Será que o carro com o gato ainda está no mesmo local? Vejam lá as horas da noite que eram! O gato já estava rouco. Com a rua mais deserta ainda era mais horrível o seu pedido de ajuda. Aquilo causava uma sensação triste, medonha, algo que fazia com que uma terrível angústia invadisse o nosso espírito e se entranhasse de uma forma que dificilmente poderia sair.

Era véspera de Santo António e as marchas de Lisboa davam na televisão. Tinha de esperar pelo programa do Mundial 2006 para ver os resumos dos jogos do dia. Aquela emissão de marchas populares parecia prolongar-se até de manhã! Enquanto esperava, entreti-me a ler um pouco. Estava tão cansada que parecia não sair da mesma página do livro. Apaguei a luz e fiquei à espera, mas o sono e o cansaço venceram.

Situação do dia:
Passou alguém por mim na rua com uns calções tão foleiros, tão fatela, tão ridículos, tão horríveis…que eu não me atrevia a vestir uns iguais. Nem que me pagassem uma grande fortuna!

Bacorada do dia:
“Uma folha tem outras folhas sobrepostas.” (mas...como é isso possível?!!!)

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