Monday, June 19, 2006

Fugir do Sol com tempo enevoado

Sempre que há provas, levanto-me sempre mais tarde para descansar bem. Pensava que ia fazer só os 200 metros, mas enganei-me. Era os 100 e os 400 metros. Os 200 metros seriam no dia seguinte.

Fazer aquecimento para quê se estava tanto calor? O espaço também não era muito para aquecer. Junto às bancadas lá dei umas corridas. Não estava a aquecer que quente já eu estava. Estava a levantar fervura, a evaporar.

Com o dorsal 966 lá iniciei a minha participação nas provas extra dos campeonatos distritais de juvenis de Coimbra. Os 100 metros foram corridos na pista 7 e a marca foi boa -19.8 segundos. É a melhor maca do ano.

Houve pouco tempo de pausa entre os 100 e os 400 metros. Naquela altura o Céu estava algo esquisito e o ar estava pesado. E lá se foi a minha táctica para correr mais depressa. É que eu tinha idealizado que iria meter na cabeça que tinha de fugir o mais rápido possível da parte da pista que tinha Sol porque dali vinha uma ameaça imaginária. Como são mais de 300 metros que ficam ao Sol, daria resultado.

O problema é que estava o tempo encoberto naquela altura e isso já não se aplicou. Foi uma prova sofrida. Não se respirava bem. Parecia que aquela curva era eterna. Terminei a prova exausta. Teria feito um bom tempo?

As outras atletas que também fizeram 400 metros queixaram-se também das péssimas condições climatéricas que fizeram com que nos cansássemos depressa.

Portugal tinha mais um teste para o Mundial 2006. Cabo Verde foi a selecção escolhida para adversária neste apronto. Naturalmente que a Selecção Nacional venceu sem margem para dúvidas.

Situação do dia:
Quem disser que os holandeses não têm criatividade, diz uma grande mentira. O árbitro do Portugal- Cabo Verde inventou uma regra nova que deveria ser adoptada pela International Board. É certo que estava um calor de rachar. Ainda por cima no Alentejo. O Senhor Árbitro implementou a pausa para beber água a meio de cada parte do jogo. O público não gostou de tal ideia luminosa, ou melhor, de tal ideia fresca e assobiou efusivamente. Os jogadores e os árbitros, acima de tudo, são seres humanos e necessitam de repor os líquidos gastos na actividade física sob calor intenso. Criatividade holandesa em toda a sua plenitude!

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