Foi uma noite algo agitada. Não dormi lá muito bem e os sonhos foram o que a seguir vou narrar. Por duas vezes senti-me aliviada por ter acordado e constatado que estava a sonhar.
Sonhei que a minha irmã tinha ido para casa dos meus pais tomar conta da minha mãe que se encontrava doente. Reinava um ambiente estranho, triste, escuro, agoirento.
Encontrava-me num sítio que pareciam ser as urgências de um movimentado hospital. Este sonho é a variante de um que tive há tempos e que aqui narrei. Da outra vez as macas com feridos graves ou mesmo mortos passavam no terraço de casa dos meus pais enquanto eu estava na casa de forno. Desta vez as macas sempre passavam no sítio certo.
Cheirava a sangue e carne viva. Vinham lá as vítimas de um grave acidente. As macas eram empurradas a alta velocidade. Não havia tempo a perder.
A mesma imagem. Uma forma imóvel numa maca. Não sabia se a pessoa estava morta ou viva. Queria sair dali e esgueirei-me para uma outra sala. Era uma espécie de anexo. Um intenso cheiro a ferrugem impregnava o local. Havia macas desmontadas e o odor que se sentia tanto podia vir dos ferros molhados, como de algum sangue que se encontrasse nos ferros ou na roupa que estava a um canto no chão.
Não sabia para onde ir mas voltei á sala onde estava. As macas com os três feridos graves do acidente já lá iam. Preenchiam-se as formalidades.
Fiquei a saber que as vítimas se chamavam pedro, Beatriz e isabel.
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