“Os Miseráveis” (impressões pessoais)

Quem nunca ouviu falar deste clássico da Literatura mundial?

 

Normalmente eu  costumo torcer o nariz aos clássicos que por vezes são muito longos, confusos e fora do contexto dos dias de hoje. Não foi o caso deste livro. É  longo mas consegue-se ler bem.

 

Esta obra leva-nos a refletir sobre o comportamento humano. Muitas vezes um ato  isolado, por mais pequeno que seja, vai arruinar a existência de alguém para o resto da vida. Por mais que essa pessoa se consiga emendar e, até ao resto da sua vida, só pratique o Bem.

 

É a história de um homem que vive perseguido por, no passado, ter roubado para matar a fome á sua irmã e sobrinhos que nunca mais viu. Por ter roubado um simples pão, foi condenado a trabalhos forçados. Fugiu, é certo mas redimiu-se quando pernoitou em casa de um bispo.

 

A partir daí, aquele homem dedicou toda a sua vida a ajudar os outros de forma honesta mas sempre foi perseguido, obrigado a fugir, a se esconder, a ajudar em segredo.

 

É notável o que ele fez com a menina que era filha de mãe solteira e foi deixada em casa do estalajadeiro porque a mãe tinha de se fazer á vida. É aí que conhece o nosso herói, na altura, dono de um conjunto de fábricas que mais tarde seriam o sustento da jovem. Ele prometeu à mãe da menina resgatá-la da casa do estalajadeiro onde era explorada. Quando lá chega a criança de tenra idade leva um balde maior que ela e está muito frio. Isto para além de ser de noite. Ela parou pelo caminho a apreciar uma boneca que sabia que jamais iria ter. o nosso herói reparou, ajudou a menina e comprou-lhe a boneca. No dia seguinte, em troca de uma soma em dinheiro, desapareceu com a criança. A partir daí cria-a como se fosse sua filha, até que ela se casa.

 

Trata-se de uma obra bastante emocionante. Eu gostei imenso. Para além de nos fornecer informações sobre os anos conturbados da França, também é uma grande história com um personagem que vai perdurar por muito tempo nas nossas memórias e nos nossos corações.