Mais um romance japonês do mesmo género de “O Rapaz E O cão”.
Este é da autoria de Ito ogawa e conta a história de uma empregada de um restaurante que um dia chega a casa e é confrontada com o abandono pelo namorado.
Ela regressa á sua aldeia. Não tem uma boa relação com a sua mãe que tem o vício da bebida e nunca foram próximas.
A protagonista fica tão traumatizada pelo abandono que perde a voz. Mesmo assim ela tem a ideia de adaptar um espaço para construir um pequeno restaurante.
O estabelecimento tem a particularidade de servir menus personalizados ás pessoas que os vão comer e ao seu estado de espírito. Muitos dos problemas dessas pessoas e até de animais são resolvidos com os petiscos ali preparados.
Eu nunca pensei que os japoneses comessem tanto. Então uma mulher comeu uma galinha inteira?
Há aqui uma parte importante da cultura e das crenças dos japoneses. Tudo possui alma, desde as plantas aos animais. Se unirmos a alma ou o estado de espirito dos alimentos a quem os cozinha, por mais elaborados que sejam os ingredientes, a harmonia e a paz de espírito é fundamental. Mesmo aqui costumamos dizer que determinado prato foi feito com amor. Que a comida da mãe é sempre especial. Os japoneses levam tudo isso muito a sério e até costumam rezar aos ingredientes do seu prato que formem um petisco delicioso para quem o vai consumir. É esse o segredo.
Boa comida faz realmente as pessoas felizes e, por fim, um último prato especial faz com que mãe e filha se entendam.
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