Já não é a primeira vez que leio um livro de um autor japonês a falar de velhos tarados. Começo a pensar que os japoneses chegam a uma certa idade, normalmente àquela idade em que não podem com uma gata pelo rabo, e só pensam em sexo, mesmo que a saúde ande pelas ruas da amargura.
Lembram-se daquela história de irem levar um velhote ás termas porque morreu na casa de alterne? Estes respeitáveis senhores deviam era ficar no sofá a comer chá e torradas e a não se meterem em grandes cavalgaduras.
Neste caso, o velho pensa que ainda é jovem e tem um caso com a sua nora que foi outrora uma corista. É ela quem cuida dele e, pelo simples facto de lhe acariciar os pés, a pressão arterial vai para níveis de risco elevado. É mesmo tarado, este velho. Nem para puxar um cagalhão mais duro o seu coração aguenta, quanto mais com o resto.
Depois chega a ser mesmo proibido pelos médicos de escrever o seu diário onde aponta as suas depravações e o quotidiano com os medicamentos. Lá como cá, os idosos tomam muitos medicamentos e têm de se lembrar do nome de todos e para que servem. Também este respeitável avozinho passava o dia movido a comprimidos e injeções.
Chega-se ao fim do livro e já são os familiares a continuarem o seu diário porque o velhote já está com os pés para a cova.
Como eu me ri com algumas passagens deste livro! Haja alegria!
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