Sunday, November 06, 2022

“Diário De Um Velho Louco” (impressões pessoais)

 

Já não é a primeira vez que leio um livro de um autor  japonês a falar de velhos tarados. Começo a pensar que os japoneses chegam a uma certa idade, normalmente àquela idade em que não podem com uma gata pelo rabo, e só pensam em sexo, mesmo que a saúde ande pelas ruas da  amargura.

 

Lembram-se daquela história de irem levar um velhote ás termas porque  morreu na casa de alterne? Estes respeitáveis senhores deviam era ficar no sofá a comer chá e torradas e a não se meterem em grandes cavalgaduras.

 

Neste caso, o velho pensa que ainda é jovem e tem um caso com a sua nora que foi outrora uma corista. É ela quem cuida dele e, pelo simples facto de lhe acariciar os pés, a  pressão arterial vai para níveis de risco elevado. É mesmo tarado, este velho. Nem para puxar um cagalhão mais duro o seu coração aguenta, quanto mais com o resto.

 

Depois chega a ser mesmo proibido pelos médicos de escrever o seu diário onde aponta as suas depravações e o quotidiano com os medicamentos. Lá como cá, os idosos tomam muitos medicamentos e têm de se lembrar do nome de todos e para que servem. Também este respeitável avozinho passava o dia movido a comprimidos e injeções.

 

Chega-se ao fim do livro e já são os familiares a   continuarem o  seu diário porque o velhote já está com os pés para a cova.

 

Como eu me ri com algumas passagens deste livro! Haja alegria!

 

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