Monday, June 27, 2022

“Nunca Mais Rachel” (impressões pessoais)

 

Deste livro tiramos uma grande lição: para quê andarmos sempre a correr e matarmo-nos de trabalhar, se somos simplesmente frágeis e humanos. Num instante, um problema de saúde, uma fatalidade, pode-nos mudar para sempre e vamos depois lamentar os dias em que não tivemos tempo para nada por andarmos sempre a correr.

 

Ao ler a história de Rachel, pensei também na  minha própria vida há uns tempos atrás. Também eu não tinha tempo para nada e olhem onde isto me levou. O Ser humano foi feito para apreciar a vida, não para ocupar a maior parte dela com tarefas intermináveis.

 

Esta é a história de uma mulher norte-americana que, apesar de ser mãe de três filhos, é viciada no trabalho e nem por um minuto desliga. Um dia esse comportamento acaba por lhe ser fatal. Na ânsia de estar sempre contactável, tirou os olhos da estrada num dia de chuva para responder a mensagens de trabalho no telemóvel e ficou com lesões cerebrais irreversíveis.

 

Ativa como era, Rachel não aceitou bem a sua condição, até que, aos poucos lhe fizeram ver que há coisas mais importantes na vida e que há vida para além daquele mundo formal que ela conhecia.

 

Rachel tem de colocar o orgulho de lado e tem de lutar com a sua nova condição.

 

Nunca se sabe quando algo bate á porta. Quando  isso acontece, para além do choque, as pessoas não estão naturalmente preparadas para lidar com o que desconhecem.

 

Uma grande história de vida. Um excelente livro que levará muita gente a refletir se vale ou não a pena ser refém de uma vida de correrias e tarefas para cumprir.

 

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