Esta é mais uma batalha daquela saga que ultimamente tem povoado algumas das minhas noites.
Já não é a primeira vez que tais batalhas oníricas são travadas um pouco á boleia de episódios da paralisia do sono que são provocados por eu adormecer enquanto vejo televisão e voltar a acordar.
Continuam-me a aparecer criaturas estranhas, medonhas, assustadoras. Cada milímetro do corpo das coisinhas é uma ameaça. Temos de pensar antes de as agarrar. São tantas patas, tantos dentes, corpos cobertos de escamas e lâminas. Corpos frios, ásperos, escorregadios. Corpos lustrosos, brilhantes, viscosos.
Mesmo assim, sempre que agarrava uma dessas criaturas, sem mais nada, ferrava-lhe os dentes. Por mais nojenta que fosse.
Muitas vezes, nem tinha para onde me virar, eram uma série delas a agarrar-me. Esmagava umas com as mãos, por mais que se debatessem e agarrassem com força aos meus dedos. Outras agarrava mesmo com os dentes.
Foi árdua, esta luta que acabei por vencer. Mesmo que por vezes achasse que tudo estava calmo e logo saltassem vindos de outra dimensão mais seres horríveis para eu exterminar, nem que fosse á dentada. Eles eram pouco resistentes ás minhas mordidelas e logo lhes arrancava partes do corpo e os deixava fora de combate.
Agora rio-me mas já me estava a chatear com tantas coisas dessas que tinha de liquidar.
No comments:
Post a Comment