Friday, June 11, 2021

“À Espera De um Milagre” (impressões pessoais)

 

O que dizer depois da leitura de mais um livro de Stephen King? Esta história está simplesmente brutal. Pena o desfecho mas compreende-se.

 

Esta história passa-se no corredor da morte em 1932. Vivia-se no período de depressão. Os condenados á cadeira elétrica a quem carinhosamente chamavam velha fagulha iam parar ao chamado corredor verde.

 

No lar de terceira idade onde se encontra, o antigo guarda prisional Paul  escreve as memórias desses tempos.

 

Ele incide particularmente os seus relatos na altura em que chegou um negro alto e corpulento acusado de ter morto duas meninas gémeas de nove anos. A polícia encontrou-o a chorar com uma menina em cada braço e coberto com o sangue das vítimas. Não havia dúvidas. Ele era o assassino.

 

No corredor verde, John veio a revelar-se um ser extraordinário. A sua peculiaridade não passava despercebida. Ele tinha um dom muito importante. Conseguia curar doenças, por mais graves que fossem.

 

A mulher do  diretor do estabelecimento dos condenados tinha um tumor terminal no cérebro. Estava claramente a definhar. Paul e os seus colegas levaram John até ela para a curar. Ele conseguiu.

 

A partir dessa prova de  autênticos milagres, Paul tenta provar que John é inocente. Jamais alguém como ele mataria. Ele trazia as meninas ao colo porque tentou ainda salvá-las mas não conseguiu porque elas já estavam mortas.

 

Em paralelo, havia outro preso no corredor da morte. Tratava-se de um psicopata pérfido. John sabia que era ele o criminoso e terá ouvido ele a ameaçar as crianças.

 

Apesar dos esforços que Paul está a empreender para livrar John da pena de morte, este aceita a pena capital por considerar este mundo malvado demais para ele viver.

 

John é uma pessoa do Bem que sofre intensamente com a maldade dos homens e as injustiças. A morte será para ele uma dádiva. Apesar de saber quem foi o assassino, John aceita morrer por um crime que não cometeu.

 

Este livro está bastante atual. As questões raciais nos Estados unidos voltaram a estar na ordem do dia, se é que alguma vez deixassem de constar na agenda.

 

Uma história emocionante e inspiradora. John foi de facto um personagem que tão cedo não vou esquecer.

 

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