Aprecio a coragem de quem (jornalista ou não) põe pés ao caminho, sai do conforto do lar ou da redação e vai para terrenos complicados e hostis narrar a quem fica confortavelmente instalado o que por lá se passa.
Muitos arriscam a vida. São presos, muitas vezes são torturados e mortos. Tudo em nome do dever maior de informar ou simplesmente contar histórias de campos de batalha sangrentos ou, como é este caso, do quão baixa chega a degradação humana.
Em 1946, um jovem sueco que não era jornalista, mas gostava de narrar o que via, deslocou-se á Alemanha do pós-guerra e trouxe-nos este relato do que por lá se passava. Ao longo de alguns meses, ele conviveu de perto com os alemães devastados pelo maior conflito que afetou a Humanidade e que foi desencadeado por Hitler.
Ele visitou os locais mais degradantes e trouxe pela sua pena relatos impressionantes da miséria e da degradação que assolavam a população alemã.
Foi falando com as pessoas, ouvindo depoimentos e assim nasceu este livro que agora tive oportunidade de ler.
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