Monday, December 07, 2020

José Cid e Augusto Canário

 

São dois cantores portugueses muito diferentes, mas aqui foram unidos pelo meu subconsciente de uma forma incrível. Nem sei onde fui buscar isto.

 

Sonhei que estava em casa dos meus pais no quarto que agora é da minha irmã a ouvir um programa de rádio. A luz do teto estava acesa.

 

Passava uma entrevista ao cantor Augusto Canário. Era passada em retrospetiva a sua carreira. Descobri que ele nem sempre cantou música brejeira como faz na atualidade. Até tinha canções bem bonitas, mas isso foi lá mais para trás. A realidade agora era diferente e muitas vezes ele fazia-se acompanhar de Quim Barreiros e outros artistas nortenhos para cantar aquelas músicas que nós sabemos.

 

Estranhamente, quase no final da entrevista, o entrevistador perguntou ao artista nortenho se ele tinha sido seguido até ao estúdio ou se tinha os telefones sob escuta. Estranha pergunta, essa! Não me lembro o que é que o cantor popular respondeu.

 

O cenário muda. José Cid dá uma festa num local amplo. A mesa está coberta de iguarias. Predominam as entradas com fritos. Eu encontro-me no local com uma amiga minha que tem a fama e o proveito de não se fazer rogada quando o assunto é comida. Eu estava um pouco mais retraída.

 

José Cid deu ordens expressas para que não deixassem entrar e muito menos sentar à mesa quem não tinha sido convidado. Ora nós já estávamos sentadas. Por acaso eu olhava para uma travessa de fritos com olhos vorazes, mas era incapaz de pedir e muito menos tirar um que fosse. Então o que é que eu ali estava a fazer?

 

O mesmo não se podia dizer da minha colega que tirava os bolos de bacalhau á mão e enfiava na boca. A certa altura, já a travessa ia a meio. Eu avisava-a. Ainda iam pensar que eu também estava a comer.

 

Passou alguém e deu-me um único bolo de bacalhau, rissol ou lá o que era aquilo. Também me encheu uma pequena caneca de barro com cerveja. Sempre era melhor que nada.

 

O pior foi quando a minha amiga pegou na minha caneca e emborcou a cerveja, ao mesmo tempo que continuava a esvaziar a travessa dos fritos.

 

Vendo o que se passou, a mesma pessoa que me tinha dado o frito, deu-me outra caneca com cerveja que eu não larguei. A caneca tinha a particularidade de ter a asa partida. Estava colada com fita cola.

 

A travessa estava quase vazia quando acordei. Da minha parte, apenas comi uma unidade daqueles fritos que lá estavam. Capaz disso era a pessoa que estava á minha frente de comer os outros todos como se não houvesse amanhã.

 

Iria sobrar para mim, tal como é sempre apanágio nos sonhos. Isso não aconteceu porque acordei antes de virem pedir explicações.

 

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