Há uns anos, nós e a nossa mãe fomos a uma consulta dos olhos em Aveiro. Á tarde fomos visitar a Feira de março e lá encontrámos uns ursos de peluche do Benfica. A minha mãe comprou um para mim e outro para a minha irmã. O meu acho que ainda está lá para casa. Já o pensei em trazer para aqui. Levava-o para todo o lado.
Sonhei que me tinham dado um peluche igual a esse mas com uma pequena grande diferença- era azul e branco e, obviamente, era do Porto.
Que fazer com uma coisa destas? Tive uma ideia luminosa…
Havia um local de paragem de vários autocarros. Sabia que o autocarro do Futebol Clube do Porto passava por ali. A minha ideia era dar o peluche que eu não queria para nada a alguém que eu sabia que o ia estimar. Ia dar este presenta ao Taremi.
Estava um final de tarde de muita chuva. A estrada estava muito molhada e escorregadia. Muitos autocarros saíam daquele local que me parecia o Palácio da Justiça bastante alterado oniricamente. Normalmente ali também costumam estar alguns autocarros.
O autocarro do Porto estava ali parado. Quem me visse por lá, dada a minha aversão a esse clube, ia pensar que tinha enlouquecido. Para me comprometer mais, empunhava um urso de peluche do clube. Escusado será dizer que o ia dar a alguém e era por essa pessoa que esperava ali á chuva naquela tarde bem cinzenta.
Respeitando as devidas distâncias, entreguei o peluche ao taremi sem sequer dizer uma palavra. Mal sabia eu o caos nos autocarros que tinha provocado.
O autocarro que estava atrás do do Porto tinha arrancado bruscamente sem reparar que o autocarro azul e branco ainda permanecia parado. Foi um choque em cadeia nos autocarros que estavam atrás.
Foi uma leve confusão, nada mais. Nem cheguei a perceber o que se passou.
Tudo por causa de um urso de peluche com o emblema do Porto que não sei como veio parar ás minhas mãos.
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