Chegado que é mais um dia de aniversário, há que fazer uma espécie de balanço a mais um ano da minha vida que passou.
Estamos a viver tempos de incerteza a nível mundial devido à pandemia. Apesar de ainda não ter sido infetada com covid 19, esta conjuntura alterou de alguma forma a minha vida, como decerto trocou as voltas a toda a gente no Planeta.
No meu caso, vi ser adiada a minha ida para a reabilitação em Lisboa e consequentemente, as decisões do meu regresso ou não ao trabalho depois disso.
Apesar do que aconteceu na minha vida em 2019, estou a começar a refazer aos poucos a minha vida. Como bem repararam, retomei as postagens regulares neste meu humilde espaço que havia deixado para trás em determinada época quando as coisas estavam um pouco más.
Graças a algumas coisas que fui escrevendo, consegui realizar um dos meus sonhos. Nós, deficientes visuais, temos muito o bichinho da rádio. Desde criança que o meu sonho é colaborar na rádio. Nunca o tinha conseguido de forma regular até junho deste ano.
Esta situação também decorre dos tempos de pandemia que vivemos. O facto de termos ficado em casa originou formas alternativas de trabalhar. Hoje, com um simples texto no computador e um telemóvel ligado ao WhatsApp pode-se colaborar numa rádio todos os dias, de segunda a sexta-feira.
Tento recolher na Google notícias curiosas ou de interesse e, sensivelmente às onze e meia da noite, foi-me dado um espaço onde leio essas notícias e comento juntamente com um amigo meu que é o dono da rádio e faz programa a essa hora. A rádio chama-se Portugal Star e é maioritariamente feita por deficientes visuais. É a prova provada que conseguimos fazer coisas interessantes no mundo da rádio!
Esta é a minha grande novidade para este ano que passou na minha vida. Outro projeto que tenho é o Futebol Para Cegos. Foi o meu amigo Rui que me meteu o bichinho. Um dia levou uma bola para a ACAPO e comecei a dar uns toques. Não fui a tempo de fazer a formação que decorreu em Lisboa mas tenciono fazer para a próxima. Na altura que decorreu a formação, eu ainda estava um pouco limitada para fazer desporto.
Em janeiro arrancaram finalmente os treinos com atletas de todo o país. O objetivo é convidar mais e mais atletas para fazer crescer a modalidade.
Eu era a única mulher presente no primeiro treino. Isso não me intimidou. Sempre fui um pouco fora da caixa. O desafio é convidar mais para fazermos uma equipa ou uma seleção nacional. Para já somos três.
A implementação dos CAVI também foi uma novidade na minha vida. Com o auxílio de uma assistente pessoal, dá para fazer algumas atividades de forma mais autónoma. Tem sido bastante importante na minha vida.
De um ano para o outro, estas foram as novidades importantes na minha vida. Vamos a ver o que aguarda este ano.
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