Wednesday, October 28, 2020

Reacendimento

 

Esta é mais uma versão de um sonho recorrente que eu tenho. Tudo a arder em frente a minha casa.

 

Desta vez havia tido uma atribulada viagem de comboio e havia chegado a casa dos meus pais ao anoitecer. Não chovia mas fazia muito vento. Um vento estranho.

 

Tinha reparado que em frente a casa dos meus pais estava tudo queimado. Tinha havido um incêndio há dias. Ainda se sentia o fumo. Continuámos a conversar justamente sobre este fogo quando um súbito clarão iluminou a quase escuridão do fim da tarde.

 

O incêndio havia reacendido por força do vento ou simplesmente porque alguém queria que assim fosse.

 

Focos de incêndio uniam-se numa chama muito maior e imponente. Era assustador ver a chama das janelas de casa.

 

Num ápice, fomos para a rua ao mesmo tempo que os bombeiros chegavam a toda a velocidade. Quando passavam, um gato preto e branco saiu da zona do fogo e correu á frente do carro de bombeiros. Esquivou-se a tempo de não ser atropelado.

 

Com uma só mangueirada de água, logo o fogo ficou reduzido a pequenas colunas fumegantes. Voltava a imperar a paisagem queimada.

 

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