Então é verdade que quando Jorge Jesus saiu do Benfica, o
presidente pegou nos pertences do treinador, enfiou tudo num saco do lixo e
veio entregar á rua á mulher dele?
E agora, mais de cinco anos volvidos, aluga um jato por uma
fortuna para ir buscar Sua Excelência ao Brasil?
E por acaso, no dia de hoje, apresenta-o com honras de
chefia de Estado?
E que o treinador disse alto e bom som para quem o queria
ouvir que não queria jogadores da primeira liga portuguesa…e que o melhor
jogador da nossa liga se arrisca a ir para os rivais por causa dessa
brincadeira. Eles que estão falidos mas que nos ganharam em campo e continuam a
ter melhores jogadores do que nós e que, infelizmente, um desses grandes
jogadores que têm é tratado como lixo, objeto ou pior que isso. Na minha
opinião até seria caso de atropelo aos direitos humanos.
Assim vai o Futebol cá do burgo. Estes meandros. Estes jogos
de bastidores. Estas coisas que tanto envergonham quem ama o Futebol como eu e
não compreende como é que os dirigentes portugueses se movem como enguias, mais
até que alguns jogadores em campo que por vezes não dão uma para a caixa.
Algumas contratações, dispensas de jogadores e empréstimos
são difíceis de compreender. Algum caldinho mexido nos centros de decisão
também.
Este livro foi escrito por Rui Santos em 2016. Quatro anos
volvidos, o jornalista pode ver implementado o seu grande sonho- o videoárbitro.
As más notícias é que de nada valeu a sua implementação. Os beneficiados
continuam a ser os mesmos, os prejudicados também.
Os três grandes queixam-se muito. A relação entre prejuízo e
benefício é equilibrada. Vejo mais erros de palmatória de arbitragem em jogos
sem ser de Porto, Benfica ou Sporting.
Ainda é mais fácil na nossa liga expulsar um jogador do
Moreirense do que um do Sporting. Ainda é mais fácil assinalar uma grande
penalidade contra o Boavista do que contra o Porto em lances iguais. A mão
dentro da área é mais notada se for de um jogador do Tondela e passa
despercebida se é de um jogador do Benfica.
Assim vamos indo e as vozes de protesto não passam de
murmúrios. Enquanto assim etivermos, não vamos a lado nenhum. Como eu tenho
vindo a dizer aqui, já faz falta outro clube vencer o campeonato. Tivemos o Famalicão
muito tempo na frente do Campeonato e foi da maneira que houve um pouco de paz
cá no nosso cantinho. Depois tudo voltou ao normal e ainda com mais força.
Se queremos ambicionar outros voos na Europa, temos de
acabar de uma vez por todas com os jogos fora do campo. A culpa é de todos. Não
vale a pena acusarem-se mutuamente de corrupção ou jogos de bastidores. Todos são
iguais e todos têm a sua quota parte de culpa.
Esta situação que aqui narrei no início deste texto da forma
como Jorge jesus saiu do Benfica está narrada nas páginas deste livro. Por
acaso termino a sua leitura no mesmo dia que o mesmo treinador e o mesmo
presidente comparecem para anunciar o regresso apoteótico do treinador.
Não se entende o Futebol que temos por cá!
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