Saturday, April 25, 2015

Instrumentos musicais



Os sonhos por vezes tornam-se autênticas viagens no tempo. Viagens a locais que fizeram parte das nossas vidas, que nos terão marcado, que já nem sequer nos lembramos como eram. Nos sonhos, os locais são do passado mas temos a idade que temos agora na realidade e as actividades que ali praticamos são completamente estranhas.

Esta noite regressei a um local desses que, se me pedissem para o descrever ou me falassem dele, não o conseguia fazer. Hoje já posso graças a este sonho.

Quem andou na escola primária de Vale De Avim sabe que havia um corredor ou um átrio antes de se entrar na sala de aula. Eu já não me lembrava disso, volto a referir. Era ali que pendurávamos as lancheiras, os casacos e os guarda-chuvas quando chovia. Também era ali que permanecíamos sempre que o tempo também não estava de feição para se ir para o recreio.

Foi nesse local e na sala de aulas que decorreu esta estranha actividade que consistia em enfiarmos umas máscaras de borracha que pareciam bolas cortadas ao meio e, com uma espécie de faca de plástico com serrilhas, friccionávamos a borracha e isso emitia um som…muito melodioso, diga-se.

Imaginem muita gente a friccionar as máscaras de borracha ao mesmo tempo? Aquilo era incrível. Não sei explicar. Esse foi apenas um de muitos estranhos “instrumentos musicais” que ali se inventaram. Porque, lá diz o outro “nada se perde, tudo se transforma”. Dos meus tempos de escola lembro-me sim de se colarem dois copos de iogurte um ao outro depois de encher com areia e fazer uma espécie de macacas ou lá como isso se chama. Uma coisa dessas nunca vi.


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