Sunday, September 08, 2013

“O Abominável Mundo Louco Dos Jovens Cibernautas” (impressões pessoais)


Esta é uma obra diferente de tudo o que já li até hoje. Renato Montalvo e Conceição Monteiro vaguearam durante alguns dias pelos chats na Internet e fizeram uma recolha impressionante e algo chocante de conversas que por lá se matinam.

Ao transcrever estas conversas, os autores quiseram alertar os pais e os educadores para os comportamentos alarmantes de adolescentes de tenra idade que se colocam nesses espaços em posições comprometedoras e até perigosas para a sua segurança. Sem qualquer pudor, jovens de tenra idade fornecem dados reais e mantém com desconhecidos com o dobro ou mais da sua idade diálogos escaldantes.

Eu lembro-me que no tempo do Hi5 por vezes tropeçava em perfis de pessoas muito jovens em fotos provocantes e pensava “mas esta gente não tem pais em casa para ver o que andam por aqui a fazer?”. Realmente era incrível.

Nunca me deu para andar por esses chatas. Também com treze ou catorze anos ainda nem sequer tinha visto um computador, quanto mais com Internet. Só acedi pela primeira vez à Internet na escola e nunca andei pelos chats. Via na sala muita gente nos chats mas nunca me deu para isso. Não tenho esse feitio. Fazia pesquisas exaustivas sobre assuntos nos quais estava interessada, enchia disquetes com fotos de jogadores de Futebol, explorava as potencialidades do computador e lia algumas páginas de anedotas. Nunca andei nessas salas e nem compreendia a utilidade de se falar com desconhecidos.

Hoje basicamente também só falo com quem conheço. Sei que a Internet é uma janela para o Mundo mas nunca se sabe quem está do outro lado e com que intenções.

Também nunca tive webcam nem interesse em ter uma. Não quero saber quem está do outro lado e nem tenho interesse em que os outros vejam o que eu estou a fazer. Tenho redes sociais mas uso-as mais para divulgar os meus trabalhos, para ver as notícias de forma mais rápida, para me divertir e para ver o que andam a fazer alguns desportistas. Falar, como referi atrás, falo com amigos, familiares e colegas que estão nas mais variadas localidades. Passo muito tempo no Youtube a ouvir música e a ver filmes, passo algum tempo com o meu blog e assim ocupo o pouco tempo livre que me sobra do trabalho.

Voltemos á normalidade e a normalidade é ler um romance policial ou coisa que o valha. “A Busca” de Iris Johanson é o livro que comecei a ler.



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