Wednesday, July 31, 2013

Quando a tarde termina e a noite começa

Este é mais um sonho com alguma dose de loucura à mistura. Qual é afinal o sonho que não tem certa dose de loucura?

O cenário inicial e a minha casa. Estava a anoitecer quando a minha mãe se apercebeu de que se havia reacendido um pequeno incêndio que havia deflagrado dias antes junto ao portão do quintal.

Com a azáfama que se ia seguir, havia que chamar as gatas para dentro de casa, especialmente a Adie que andava no meio da estrada e que por pouco não ficava debaixo de um carro. Enxotei-a para dentro mas ela teimosamente me escapava e voltava sempre para o lado da estrada. Estava furiosa com tamanha teimosia.

Olhei para o quintal. Já estava mais escuro e o fogo já deflagrava com grande intensidade. Os estalidos e o rugir das chamas eram muito reais.

Agora entra novamente em cena a minha colega com quem sonhei há duas noites atrás. Desta vez estava ela em Coimbra numa sala desconhecida onde eu também estava. Como só havia um autocarro que a levava ao seu destino, ela tinha de ficar até às sete da tarde para depois regressar a casa. Pela frente ainda tinha uma longa viagem.

Fazia este trajecto todos os dias até Coimbra. Devia ser uma enorme canseira mas ela lá estava na sala a fazer tempo. Envergava uma camisa esverdeada e umas calças pretas.

Decido ir com ela naquele final de tarde. Depois de nos termos apeado, percorremos um trilho estreito com arbustos que nos ocultam. Sabe mesmo bem caminhar ali. O terreno é bom. Ela caminha sempre à minha frente e bastante rápido. A princípio esforço-me bastante para não a perder de vista nas sinuosas curvas e nos arbustos densos. Depois eu recupero e ultrapasso-a quando o terreno sobe ligeiramente.

Chegamos até junto de uma praia onde estão dois autocarros estacionados. Um deles regressa a Coimbra. É esse que tenho de apanhar e voltar atrás. Pela bela paisagem que se deparava à minha frente, já valera a pena ter feito aquela loucura. O por do sol era de um vermelho esplêndido como nunca antes tinha visto igual. A areia era convidativa e o mar estava calmo. Pensei tirar uma fotografia mas tive medo que o autocarro se fosse embora. Alguém tirava fotos lá na praia. Vi um flash ao longe. Dirigi-me para junto do autocarro onde estava o condutor à porta. Entrei e preparei-me para regressar. Iria chegar tardíssimo a Coimbra mas estava feliz com o que tinha visto ali.

No comments: