Sunday, February 18, 2007

Ser a melhor

Afinal fui eu quem teve a melhor nota no teste de Holandês. Arredondada a nota, pode-se dizer que tive 20.

Não sabia qual a sensação de ter um vinte a qualquer coisa desde a escola primária. Nessa altura várias pessoas partilhavam comigo a melhor nota de todas as fichas, menos das de Matemática.

Numa instituição como é a Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, olhar para qualquer pauta ou para uma lista de notas e ver uma nota dessas ao lado do meu nome é algo de inédito.

Se eu não tivesse dado um pequeno erro na palavra "dankjewel" teria um vinte ainda mais redondinho. Mas não interessa, a única coisa que eu sei é que estou feliz como há muito não me sentia. A aula de ontem e esta nota que tirei graças ao meu empenho e dedicação fazem com que as coisas me estejam a correr de feição.

Ter sido a melhor no teste encheu-me naturalmente de vaidade e deu-me alento para continuar a estudar ainda mais.

De facto, naquela manhã nublada e sem chuva ainda me encontrava sob o efeito daquela aula maravilhosa que me havia colocado no mundo da lua e da excelente nota que tirei no primeiro teste de Holandês. Dizia o pessoal que eu andava muito faladora e a rir-me. Havia de chorar?

Aquelas aulas que temos entre uma experimentação e outra são uma grande maçada. Preencher fichas, procurar emprego, ficarmos sozinhos dentro das salas enquanto os formadores reúnem...É de tirar a paciência a qualquer pessoa. Eu andei a tirar uns contactos de associações de Deficientes Visuais na Holanda. Como infelizmente não posso fazer o curso de Verão de Holandês por não ser estudante, quero ver se arranjo outro tipo de intercâmbio. Mais agora que tirei a nota que se sabe no teste.

Mais um copo partiu na cantina. Por este andar, qualquer dia, passa a haver copos descartáveis ou canecas de plástico para já não partirem.

Nessa tarde ia haver uma aula suplementar de Holandês e eu tinha de faltar. Ainda não sei se vou à festa de Natal da ACAPO que se realiza dia 16 de Dezembro. Mesmo assim lá se tem de ensaiar a canção de Natal e a Zorba. Eu acho que essa coisa da Zorba ainda vai correr mal e lá temos nós de aguentar o vexame de termos tropeçado nos pés uns dos outros e temos caído num monte. Bem, podemos alegar que fazia parte da dança.

Antes que me envolvesse nos pés de alguém e fosse parar ao chão, meti-me ao caminho virada à Faculdade de Letras. Mais uma vez a aula era numa sala diferente. Escusado será dizer que tive de andar às aranhas a ver onde era mais aquele anfiteatro.

Estivemos a falar de festas, feriados e aprendemos a cantar os Parabéns. As duas últimas horas já decorreram na sala habitual para podermos fazer exercícios nos computadores.

Com tudo isto, o treino foi adiado para o dia seguinte e voltei para casa feliz da vida. Não é todos os dias que se é a melhor.

Situação do dia:
Todos os relógios falantes (pelo menos a maioria) têm um despertador que é um galo a cantar. Um colega brindou a assistência com um sonho deveras hilariante. Sonhou ele que o galo do despertador punha ovos consoante as horas que eram. Quando eram oito e meia (hora de ele se levantar) o galo deixou-lhe em cima da mesa-de-cabeceira oito ovos e mais um ovo estrelado. Toda a turma se partiu a rir quando ele contou o sonho.

Bacorada do dia:
“Eu ainda vou dar aulas às oito e meia.” (Já não era daquele dia!)

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