Sunday, February 25, 2007

Dia de comer castanhas assadas

E encontramo-nos no tradicional dia de S. Martinho. Apesar das agruras do dia anterior, ainda fui ao Pingo Doce buscar castanhas para levar para casa (na foto em que a minha mãe está com o gato Mong ao colo é bem visível o saco das castanhas). O magusto foi à noite.

A minha mãe colocou as castanhas que eu tinha trazido- e que estavam envoltas num saco de rede encarnado- na lareira a assar. Daí a pouco já havia um prato e um tabuleiro cheio de castanhas farruscas e apetitosas para serem devoradas sem dó nem piedade.

Nada de álcool para o magusto. Não gosto de vinho e não aprecio jeropiga. Por essa razão, o magusto é regado com Coca-Cola. Um magusto muito pouco tradicional. Aliás, sempre foram assim os meus magustos desde sempre. Nada de provar o vinho.

As cascas das castanhas amontoavam-se e as minhas mãos iam ficando da cor do carvão. Ia devorando mais e mais castanhas e foi este o jantar que se impunha no dia de S. Martinho.

Já esperava uma noite deprimente em que pouco iria dormir. Aquele dia tinha sido péssimo. Um pesadelo autêntico. A noite teve de ser mal dormida, com tudo o que me preocupava a subir-me à cabeça ao mesmo tempo. Sentia-me num labirinto de onde me era difícil sair. Só puxando muito pela cabeça ou esperando por situações milagrosas conseguiria libertar-me.

Era madrugada. Sentava-me na cama e olhava para o vazio à espera que a escuridão fosse boa conselheira. Revolvia-me na cama e nada de adormecer. Para tentar acabar com tudo isto, resolvi tomar um comprimido.

Nem dei por adormecer. Acordei ao som do despertador com ar ensonado, mas mais tranquila. Consegui sonhar com algo que me fez lembrar que nem tudo era mau. Estava aí o jogo da Selecção Nacional com o Kazaquistão. Alegra-te! Kazaques de novo em Coimbra! Foi isso que me deu uma nova alma.

Sei que a minha irmã estava em casa. Isso significava que não se iria fazer nada de jeito. Aparecem sempre algumas pessoas. Desta vez nem me lembro quem lá apareceu. Sei que se tiraram algumas fotos com o Mong como protagonista.

Estive também a estudar para o teste de Holandês. Num momento em que eu estava a fazer exercícios com o CD interactivo, a luz falhou por estar alguma coisa ligada. Lá tive eu de ir ligar novamente o quadro eléctrico!

E assim se passou um dia com Sol. Afinal era dia de S. Martinho.

Situação do dia:
A minha mãe teve de ligar o fogão a gás para fazer qualquer petisco. Não sei mesmo se foi para assar castanhas no forno. O certo é que algo saltou e estourou. Um cheiro a gás invadiu a casa de forno. Temi pela integridade física da gata Feijoa que se encontrava, justamente, encostada ao fogão e saltou dali para fora. Tudo não passou de um susto.

Bacorada do dia:
“Pego no comboio, vou para casa...” (Ah homem valente!)





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