Sunday, February 11, 2007

A equipa dos nomes esquisitos

Há tantos anos que vejo e ouço Futebol e não me lembro alguma vez de ter visto uma equipa assim com nomes...como é que eu hei-de dizer...estranhos, cómicos, esquisitos...

Os checos do Slovan Liberec (só o nome da agremiação já de si é esquisito) deslocaram-se ao Estádio Municipal de Braga para discutirem com a equipa local um lugar na próxima fase da Taça UEFA. Acabaram por perder o jogo por 4-0 ou 4-1- não sei se eles chegaram mesmo a marcar o seu tento de honra.

Aqui para o caso pouco interessa o desfecho da partida. Com nomes destes, os jogadores checos do Slovan Liberec (mesmo que queiram) nunca chegarão a ser grandes figuras do Futebol mundial. Já são, não pelo Futebol praticado porque não parecem ser grande coisa, mas por ser a agremiação com os nomes mais estranhos da Europa.

Eu imagino o coro de gargalhadas com que foi brindada a divulgação da equipa checa pela instalação sonora do maravilhoso estádio bracarense. Alguns adeptos afirmam mesmo nunca se terem rido tanto na vida e outros parece que não se lembravam da última vez que riram até não poder mais. Ainda antes do desafio começar foi grande a afluência de pessoas às casas de banho, apertando as mãos na barriga e temendo chegar a tempo de evitar fazerem nas cuecas com o esforço das gargalhadas. Outras mais azaradas lamentarem o facto de não trazerem consigo uma amostra de Lindor Elásticos. É que aquilo mais parecia uma plateia de um espectáculo de stand up comedy e não a assistência de um jogo de Futebol.

Os jornalistas, especialmente os repórteres de rádio, não sabiam o que fazer com tão insólitos nomes. Algumas rádios locais minhotas optaram pela estratégia de identificar os jogadores checos pelos números das camisolas. Aí não passavam vergonha.

A Antena 1 optou por dizer mesmo o nome das criaturas. Sempre atenta (e não querendo que este fenómeno passasse despercebido) fui escrevendo aqueles nomes esquisitos como eu julgava que se escreviam. O resultado foi o seguinte: Odur, Singlar, Papusek, Olenda, Pudyl, Kostal, Frijlak, Bilek...and the winner is...atenção a este nome...Zapotocni.

Como o Slovan Liberec não é o União da Madeira para trocar o nome aos jogadores, alinhou com o seguinte onze (agora de forma correcta que eu fui buscar): Marek Cech; Singler, Zapotocny, Kostal e Pudil; Papousek, Bilek, Hodur e Frejlach; Holenda e Pospech. Os suplentes, coitados, como não tinham nomes tão cómicos tinham de se sentar no banco. Se fosse “à União da madeira”, os jogadores passariam a ser conhecidos pelos nomes que passo a referir (os jogadores são os mesmos): Marek Cech; Peter; Tomas I; Pavel; Daniel; Petr; Jiri; Ivan; Tomas II; Jan e Zbynek. Assim seria mais fácil.



Agora lembrei-me que o tal do...Como é que é? Zapotocny até era o capitão de equipa. Tinha de ser! O critério de escolha residiu no facto de o jogador ter o nome mais estranho para os estrangeiros fixarem. Eu gostava de ver um dia esse jogador a alinhar numa equipa portuguesa. Se não me falha a memória, penso que ele era central, ou lateral...jogava na defesa. Podia não ter um nome tão complicado como aquele jogador do Boavista de quem falei há tempos, mas certamente, teria o nome mais cómico do Campeonato.

Pode-se dizer que não acordei lá de muito bom humor. O motivo foi um sonho de uma qualquer festa que houve na Holanda a que eu não pude assistir. Nem em sonho! Tempos houve em que os sonhos me permitiam, justamente, ter tudo o que me falta na vida real. Desta vez parece que até os sonhos me resolveram tramar.

E já que não fui à Holanda em sonhos, fiz uma viagem por lá percorrendo a Internet e estudando um pouco. Naquela manhã nublada eu descobri que o co-piloto (não sei se é assim que se chama) do nosso veículo para o Dakar é um borracho. Desses não me importava de ver clonados por aí.

Na Académica tive de fazer um pequeno relatório sobre a forma como decorreu a experimentação. O relatório era tudo menos pequeno. Quando eu sou chamada a escrever sobre algo que me agrada, eu não tenho limites e o discurso torna-se extenso. Se eu aqui puder resumir a forma como eu vivi estas últimas três semanas numa frase, apenas digo o segui9nte: FOI UM SONHO ESTAR AQUI!

Fiquei extremamente satisfeita com o meu desempenho no treino que consistiu em trinta minutos de corrida com três acelerações de três minutos. Percorri 10 voltas à pista e cerca de 150 metros de mais uma. Nunca antes tinha ultrapassado as dez voltas.

Bacorada do dia:
“Uma não sabe fazer saltamento para a areia.” (Salto em Comprimento.)

1 comment:

GK said...

O nome mais esquisito que eu tive de dizer no ar foi o de um bailarino russo.. lol
Treinei antes e tudo!

Bj.