Depois de um dia em que nada de relevante se passou, fui para casa para gozar mais um fim de semana bem merecido.
Ao anoitecer preparava-me para mais um imperdível “Gato Fedorento” quando uma notícia vinda do sempre violento futebol sul-americano me chamou a atenção. Não é que essas coisas sejam novidade, mas era tanta gente envolvida que quase nem se via se era na bancada ou já dentro do recinto de jogo. O jogo era entre o Corinthians e o River Plate. O que mais me espantou foi o facto de serem os adeptos brasileiros e não os argentinos a provocar os confrontos. Pudera! Quem perdia era a equipa brasileira. Infelizmente, nos países da América do Sul, é prática normal ocorrerem distúrbios. Não sei como é possível a polícia dessas paragens deixar entrar espectadores armados como se fossem para uma qualquer guerra. Ainda o ano passado um jogador paraguaio-salvo erro- foi atingido a tiro durante um jogo. Como foi possível entrar alguém com uma arma de fogo e atingir um jogador de futebol.
No meio disto tudo há sempre aquelas situações mais caricatas com jogadores, adeptos, treinadores e até árbitros a irem ajustar contas para as imediações do estádio. Ainda mais engraçado é o facto de jogadores e treinadores da América Latina protestarem de forma pouco ortodoxa. Lembro-me de um treinador brasileiro baixar as calças para o árbitro e para a polícia como forma de protesto. Com um treinador assim, qual é o jogador que se porta bem durante um jogo?
Cá em Portugal a moda é outra. As invasões de campo, na maioria das vezes, são pacíficas e apenas têm o objectivo de apanhar os jogadores que marcam golos decisivos e tirarem-lhes o equipamento. Aqui impera a violência verbal em que as trocas acesas de palavras funcionam melhor que os petardos arremessados pelos adeptos do Corinthians.
Nos jornais desportivos das rádios dá perfeitamente para ver que a guerra é de palavras. Vejamos: o presidente do Nacional da Madeira estava indignado porque o Porto ia jogar com reservas frente ao Boavista que era um adversário directo dos insulares na luta pela UEFA. O dirigente chegou mesmo a insinuar que a poupança de jogadores seria uma forma de beneficiar o Boavista.
O jogo Rio Ave-Sporting foi quase há uma semana e não se tem falado de outra coisa senão dos estranhos golos desse jogo. Ronald Koeman acendeu uma fogueira que foi sendo alimentada pelos dirigentes e jogadores do Rio Ave, pelos dirigentes de Benfica e Sporting e por Liedson que entrou em guerra verbal com Luís Filipe Vieira.
O campeonato está no fim, mas nem por isso a luta verbal entrará em férias. O defeso costuma ser escaldante e a disputa por este ou aquele jogador levará a autêntico fogo cruzado entre dirigentes dos diverso clubes.
Bacorada do dia:
“Ou foi no Canal 1 ou foi na RTP” (não terá sido na RTP Memória?)
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