Quem morreu está morto
Começo esta minha reflexão com uma pergunta: há quantos dias
já morreu Pedro Lima»?
Há mais de uma semana, seguramente. Se a memória não me
falha, esteve uns dias desaparecido e o seu corpo foi encontrado na praia no
sábado passado.
Pois bem, mais de uma semana depois, a comunicação social
que temos ainda continua a debitar informação de todo o tipo sobre o malogrado
ator que nem na morte merece ter descanso.
Para a comunicação social portuguesa mais sensacionalista, a
morte há muito que deixou de ser o descanso Eterno para ser a Devassa Eterna.
Nem deixam o corpo do falecido esfriar na tumba. Todos os dias têm algo a dizer
sobre alguém que deixou de andar aqui no nosso mundo terreno. Haja paciência!
Apesar de não ser seguidora de novelas e não conhecer
minimamente Pedro Lima, compreendo que a maioria das pessoas em Portugal segue
a ficção nacional e idolatrava-o, daí o interesse pela informação que a ele
diga respeito. O mal foi quando a comunicação social deixou de informar para
devassar, especular e conjeturar.
O que é que hoje, vinte e oito de junho de dois mil e vinte,
uma semana depois da confirmação da morte, há para dizer sobre Pedro Lima?
Um pouco mais de respeito pela memória dos que já partiram e
não se podem defender de notícias que saem cá para fora não ficaria mal. Morreu?
A morte foi trágica e inesperada? Tudo bem. Os fãs têm o direito de saber o que
aconteceu, como aconteceu e porque aconteceu. Dada a delicadeza do assunto,
penso que tal devia ser tratado com o máximo de respeito, dignidade e sensibilidade.
Faço ideia como estarão os familiares a serem todos os dias bombardeados por
notícias e mais notícias, algumas delas não passam de especulação.
Os mortos não se podem defender mas acho que está na hora de
os familiares fazerem alguma coisa para que a memória de quem já não se
encontra entre nós seja dignificada, não enxovalhada na praça pública.
Acho que está na hora de deixarem Pedro Lima descansar em
Paz!
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