Esta é a crónica de
mais uma noite das antigas em que a paralisia do sono faz a sua aparição.
Adormeci tarde. Estive a ouvir as notícias. Quando me fui
deitar, adormeci com um braço esticado sobre a almofada. Depois do episódio que
vou narrar, acordei exatamente na mesma posição. Eu, que pensava ter-me mexido
bastante!
Nestas ocasiões é normal confundir-se sonho com vigília. O que
estamos a presenciar é o que na realidade existe. Já aqui referi que, noutros
episódios de paralisia do sono, se deixar um objeto num determinado sítio, o
podemos ver neste estado que não se percebe muito bem se é sonho ou vigília.
Lembro-me uma vez de estar a dormir com a luz do teto ligada, estar uma bolsa
vermelha em cima da mesa e eu vê-la mesmo onde ela estava.
Neste caso, estava deitada, via o meu quarto e comecei, de
repente a ouvir um barulho. Parecia uma música. Dei por mim a ir até á
pedaleira e começar a pedalar cada vez mais rápido. A batida ganhou um ritmo
frenético. Há músicas assim em que é possível acompanhar a pedalada com o
ritmo. Neste caso estava a ser incrível. Ia aumentando mais e mais. Foi quando
me apercebi que estava num episódio de paralisia do sono. Havia que aproveitar
e dominar o medo que não raras vezes surge com a audição de vozes ou a visão de
outras coisas, por vezes assustadoras que se vão juntar ao cenário da vida
real.
Surgiram esses sons mas eu aproveitei-os para controlar o
ritmo completamente descontrolado que ouvia antes.
Acordei e imediatamente me admirei como permaneci no mesmo
sítio. O som e o movimento eram frenéticos.
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