Saturday, June 06, 2020

A ténue linha entre paixão e ódio



É difícil perceber o Ser Humano. Ainda bem que os restantes seres vivos não possuem capacidade para estudarem os nossos hábitos ou  fazer programas de televisão sobre como nos relacionamos entre nós, como nós fazemos com as demais espécies.

O que nos torna assim tão complexos é a nossa mente, a nossa capacidade de sentir, reagir, tomarmos decisões com base no que nos assola o pensamento.

Dizem que o amor está no coração e a razão na cabeça. E o ódio? Talvez se situe nas duas partes do nosso ser.

Ligamos a televisão, lemos os jornais e vemos que a maioria das ações humanas que marcam a atualidade são baseadas nesta relação conturbada entre o coração e a razão. Muitas vezes a paixão desregrada leva ao ódio, ou pelo menos ao impulso de destruir a coisa amada. Mas com que objetivo?

Quem mata a companheira ou o companheiro justifica essa atitude com o amor que sente por essa pessoa. O mesmo poderá passar-se com os adeptos de Futebol que agridem os seus ídolos.

Quando o amor não é correspondido da mesma maneira e provoca certo sofrimento, quem ama depressa parte para a violência. Não muitas vezes essas atitudes são fatais.

Nada justifica a violência gratuita que se diz provocada pelo amor.

Hoje dei por mim a pensar e a refletir sobre esta questão. O que ganham as pessoas em maltratar, agredir e mesmo a matar o objeto da sua devoção. Como se sentem quando a razão lhes bate à porta, se é que bate, e se debatem com a ausência da pessoa amada ou do contacto com o que os faz feliz. Talvez o vazio se apodere dessas pessoas.

Se calhar é melhor pararmos um pouco para pensar antes de partir para atos que poderão mudar irremediavelmente as nossas vidas. Antes que seja tarde demais!

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