É difícil perceber o Ser Humano. Ainda bem que os restantes
seres vivos não possuem capacidade para estudarem os nossos hábitos ou fazer programas de televisão sobre como nos
relacionamos entre nós, como nós fazemos com as demais espécies.
O que nos torna assim tão complexos é a nossa mente, a nossa
capacidade de sentir, reagir, tomarmos decisões com base no que nos assola o
pensamento.
Dizem que o amor está no coração e a razão na cabeça. E o
ódio? Talvez se situe nas duas partes do nosso ser.
Ligamos a televisão, lemos os jornais e vemos que a maioria
das ações humanas que marcam a atualidade são baseadas nesta relação conturbada
entre o coração e a razão. Muitas vezes a paixão desregrada leva ao ódio, ou
pelo menos ao impulso de destruir a coisa amada. Mas com que objetivo?
Quem mata a companheira ou o companheiro justifica essa
atitude com o amor que sente por essa pessoa. O mesmo poderá passar-se com os
adeptos de Futebol que agridem os seus ídolos.
Quando o amor não é correspondido da mesma maneira e provoca
certo sofrimento, quem ama depressa parte para a violência. Não muitas vezes
essas atitudes são fatais.
Nada justifica a violência gratuita que se diz provocada
pelo amor.
Hoje dei por mim a pensar e a refletir sobre esta questão. O
que ganham as pessoas em maltratar, agredir e mesmo a matar o objeto da sua
devoção. Como se sentem quando a razão lhes bate à porta, se é que bate, e se
debatem com a ausência da pessoa amada ou do contacto com o que os faz feliz.
Talvez o vazio se apodere dessas pessoas.
Se calhar é melhor pararmos um pouco para pensar antes de
partir para atos que poderão mudar irremediavelmente as nossas vidas. Antes que
seja tarde demais!
No comments:
Post a Comment