Na passada terça-feira estive toda a manhã a conversar com a
minha melhor amiga sobre livros, cultura, povos, religiões…Já há muito que não
estávamos juntas e, quando temos oportunidade de isso acontecer, são sempre
grandes momentos bem aprazíveis.
Sei que ela lê bastante sobre outros povos e outras culturas
e falou-me de um livro escrito por um palestiniano. Daí a conversa descambou
para nomes árabes e para a sua origem. Tanto eu, como ela, gostamos sempre de
saber a origem das coisas. Dos nomes, neste caso.
Eu perguntei-lhe se ela acaso sabia de onde vinha o nome
Saleh. Ela não sabia. Então eu, tendo um pouquito de tempo, resolvi procurar.
Tinha lido há tempos um livro sobre profetas e profecias.
Havia os profetas cristãos mas também havia os profetas muçulmanos. Saleh foi
um desses profesta e terá sido ainda parente de Noé, o mesmo da Arca e do
dilúvio.
Conta a lenda que havia um povo que habitava em grutas e
idolatrava as rochas. Idolatrava uma pedra em particular. Saleh era um dos
membros dessa comunidade e achava mal os seus conterrâneos estarem a adorar
aquela pedra em vez de adorarem a Deus. Os outros gozavam-no e um dia
desafiaram-no a que Deus fizesse o milagre de fazer aparecer junto à rocha uma
camela grávida. Isso aconteceu e o povo ficou embasbacado.
Há sempre os cépticos e aqueles que não querem saber de
milagres para nada. De maus, alguns habitantes perseguiram e mataram a camela e
o seu filho que entretanto ela tinha dado à luz. O povo não se iria ficar
apenas por matar os animais, também planeava matar o profeta mas houve uma
catástrofe natural que destruiu toda a comunidade.
Por acaso esta história parece-me familiar. A Bíblia terá
muitas semelhantes em que Deus castiga o povo com o fogo, com a água, com o Sol
que aparece ou desaparece…
Estas histórias vão passando e chegam até nós, até aos
nossos dias.
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