Wednesday, October 07, 2015

A cadela da coleira vermelha

Sonhei que fiz mil e um programas para um Sábado de Sol sem nada agendado para fazer. Primeiro iria à praia. Depois…

Havia-me levantado já tarde e resolvi fazer umas compras. Estavam a vender livros mas parece que eu já tinha alguns dos que lá havia e os que eu ainda não tinha não eram interessantes para mim. Também la havia versões de bolso de alguns clássicos. Não comprei nada.

Sempre de mochila às costas, percorri as ruas mas logo mudei de ideias e resolvi sentar-me num centro comercial a ver o movimento. Tinha planeado ir para a praia ou para a piscina mas a vontade agora era pouca ou nula.

Olhei em volta. Pareceu-me ter visto ali o meu sobrinho. Afinal vinha a família toda junta. Andavam por ali também às compras. A admiração era que a minha mãe tinha vindo com eles. Viram-me.

Convidaram-me para ir com eles. Dali seguiam para casa e eu podia aproveitar a boleia. Bem aconchegados na carrinha, cabíamos todos.

Lá seguimos viagem. Afinal ia mesmo a família toda. Os nossos cães também lá iam. Mas ninguém ficou em casa?

A certa altura, na zona da Portela, a nossa cadela Laika quis sair da carrinha. Deixaram-na ir. Ela envergava uma coleira vermelha que nunca lhe tinha visto. Na realidade ela até nem tem coleira nenhuma.

Mal ela saiu da carrinha, logo levou com um carro branco em cima. Ela não estava no meio da estrada, estava em cima do passeio. Esta gente…

Logo a nossa cadela se ficou a contorcer no chão. Ninguém tinha reparado no que tinha acontecido. Só eu vi o que se passou e logo disse à minha mãe. Ela acusou-me de me estar a rir mas eu estava bastante preocupada e surpreendida com o facto de ninguém voltar para trás e fazer alguma coisa. Era estranho!

Eu insistia mas ninguém fazia conta. Pedi para voltar para trás e ninguém quis saber. Estava eu a tentar convencer toda a gente da gravidade da situação quando o despertador tocou.

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