Wednesday, June 23, 2010

Condenada porquê?



Ver texto “Fui dentro”

Ora aqui está um dos sonhos completamente disparatados e de causas aparentemente desconhecidas. Eu adoro quando o meu subconsciente me aborda com sonhos deste tipo. Eu que nunca tive problemas com a Justiça já sonhei que cometi crimes e saí como se fosse uma heroína mas, em contrapartida, já sofri as agruras da justiça onírica por coisas tão insignificantes como não avisar a Polícia quando umas luzinhas se acendiam e por esta situação.

Alegadamente um actual dirigente da Académica ter-me-á instaurado um processo apenas e só porque me viu na rua envergando uma camisola do clube. Segundo a justiça onírica, poderia ser condenada à morte ou a muitos anos de prisão por este “grave delito”.

Os meus familiares e amigos estavam algo preocupados à medida que se aproximava a data do veredicto final mas eu mantinha uma secreta esperança em nada sair dali em meu prejuízo. Onde já se viu uma coisa dessas? Temos liberdade de expressão e pensamento. Para isso lutámos e fizemos o 25 de Abril.

A influência do queixoso perante os tribunais era enorme e eu não era ninguém nesse mundo de tráfico de influências. Seria difícil eu sair incólume do julgamento.

Eu própria preparava a minha defesa. Nem dinheiro tinha para pagar a um bom advogado. Iria argumentar que não era crime manifestar os gostos pessoais, desde que não prejudicassem os outros, tal como era o caso. Se envergava uma camisola da Briosa era porque nutria amor e apreço pelo clube e nada de mal poderia advir do meu acto. É crime amar o Desporto, a Académica e manifestar publicamente esse apreço? Então esta justiça está mesmo mal quando condena o amor em detrimento do ódio e do desrespeito pela vida do outro.

Nova esperança se abriu no meu horizonte quando o julgamento de umas pessoas da minha terra por causa da venda de uns terrenos teve desfecho positivo quando toda a gente o julgava um caso perdido. Esse julgamento também tinha esse alegado dirigente da Académica que pagava a juízes e advogados como protagonista. Pelos vistos o indivíduo metia toda a gente em tribunal por tudo e por nada.

Acordei sem saber qual a minha sentença. Tinha a convicção que os argumentos que iria utilizar em legítima defesa seriam fortes e convincentes.

Fica assim para a posteridade mais um sonho bem curioso em que a Justiça esteve inexplicavelmente presente.

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