Desta vez não vou narrar um sonho propriamente dito. Vou antes aprofundar uma situação curiosa que já aqui tenho relatado que acontece.
Tem a ver com o Autêntico pavor que tenho dos mortos em sonhos, facto que não acontece na vida real.
Esta noite, sonhei com gente que terá morrido de forma trágica, na guerra ou em acidentes. Dizem que os seus restos mortais ficaram irreconhecíveis de forma a não se poderem identificar as vítimas. Eu tinha medo de ver as notícias, pois todas iam falar desse fenómeno. Na realidade, quando via, ficava impressionada mas não tinha medo de cadáveres mutilados.
Lembro-me de fotos que tirava da internet quando os aliados bombardearam a antiga Jugoslávia. Havia imensas fotos de corpos despedaçados pelas bombas. Em sonhos fujo de coisas como essas. Dizem que hoje as imagens de guerra são muito piores, fruto das redes sociais mas agora não as posso ver. De certa forma, estou protegida de as ver. Eu que antigamente, na minha outra vida, sempre que diziam que havia filmes ou imagens mais sensíveis nas notícias, era logo quando eu saltava para a frente da televisão para ver.
Medo dos mortos? Nunca tive. Nos sonhos desta noite também havia o filho de uns amigos nossos que tinha morrido de doença fulminante no hospital. Ele deixou-se estar a ver se passava mas depois chamaram a ambulância quando ele já estava inconsciente na cama. Familiares tocaram-lhe carinhosamente nos pés quando o colocavam na ambulância e foi essa a imagem que guardei dele quando ouvi dizer que tinha morrido poucas horas depois no hospital. O choque foi imenso, uma vez que ele era jovem. Nem ao funeral fui precisamente pelo pavor onírico de cadáveres.
Trata-se de uma situação muito estranha para a qual não encontro resposta. Também existe uma outra situação para lá dos mortos que me apavora nuns sonhos e me fascina noutros que são as tempestades. Já tive mais medo de tempestades em sonhos do que agora. Nos últimos anos tenho sonhado com fenómenos climatéricos estranhos que aguardo com grande ansiedade mas uma ansiedade positiva.
E assim foi uma noite de sonhos inquietantes dos quais pouco recordo.
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