No intervalo de dois dias, por mera coincidência, aconteceram comigo dois episódios muito semelhantes.
No sábado, depois do jogo, cada um de nós foi fazer uma atividade diferente. Uns foram passear, outros foram aos encontros de magia e eu fui para casa ver o jogo de Portugal sub21 contra a Geórgia.
Quando o jogo terminou, regressei ao pavilhão. Tínhamos de lá estar ás sete e meia.
Ia eu junto á igreja de Santa Cruz quando começo a ouvir, vindo do lado da Portagem, um som de bengala a bater no chão. Depois já ouvia mais do que uma e, escutando melhor, já ouvia a voz do nuno.
Nem queria acreditar. Eram os meus colegas que lá vinham. E nós não combinámos encontrarmo-nos naquele sítio. Foi uma enorme coincidência. Se tivéssemos combinado de propósito, não chegaríamos certamente ao mesmo tempo. Alguém teria de esperar.
Segunda-feira. No parque havia o dia paralímpico. Tínhamos lá estado de manhã com demonstrações dos nossos desportos, especialmente do Futebol. Ainda treinámos, apesar do mau estado do piso de relva com alguns buracos. Como os meus colegas tinham de apanhar transportes para regressar aos seus destinos, saímos depois do almoço.
Fomos ao pavilhão mudar de roupa e eu segui para casa. Ia a atravessar para o lado da câmara Municipal quando ouço o trotar de um cão. Não era um cão-guia qualquer. Era o cão-guia do Carlos Lopes.
Ele então desafiou-me para eu voltar para o parque. Por volta das quatro e meia haveria a cerimónia de encerramento.
Mais uma vez fiquei admirada por ter passado no local certo á hora certa. Se tivesse em ambas as ocasiões combinado com os meus amigos, as coisas não sairiam como saíram. Acabei por me divertir imenso, especialmente a assistir a emocionantes jogos de goalball dos alunos de algumas escolas.
Ando cá com uma pontaria…
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