“Mendigos E altivos” (impressões pessoais)

 

Resumindo, há quem diga que este é o retrato dos egípcios.

 

Pois bem, nesta obra é narrada a história sobretudo de três homens intelectuais que são dependentes de haxixe e vivem uma  existência de quase mendicidade.

 

Um deles, privado da droga, desloca-se a um lupanar para procurar outro que lha pode fornecer. Encontra uma prostituta nova e, devido á abstinência, pensa que as pulseiras de fantasia que ela usa são de ouro. Então ele estrangula-a para lhe tirar as pulseiras. Só então repara que não tem qualquer valor.

 

Surge então um peculiar polícia para investigar o crime. Ele já conhece estes indivíduos. Os outros dois assumem o assassinato da prostituta mas o polícia não acredita neles.

 

A certa altura, vendo como vivem por vezes felizes aqueles que têm muito pouco e não têm razão alguma para se sentirem felizes e em paz, o polícia pensa em pedir ademissão e viver também como mendigo.

 

Se todos vivessem como mendigos, era uma forma de protestar contra a opressão da sociedade. Em suma, cada um fazia o que queria.

 

Uma abordagem mais filosófica de alguns aspetos do quotidiano da vida nos bairros do Cairo.