Saturday, June 24, 2017

Semeando o terror com uma marreta

Nunca me canso de repetir que alguns sonhos dão argumentos incríveis para filmes de terror e seguramente dão grandes histórias. Segue mais uma!

A novidade aqui é que o protagonista deste sonho existe na realidade. Só posso dizer que está bem longe. No meu sonho, toda a gente estava chocada, admirada, horrorizada e sem palavras para exprimir o que lhes ia na alma para comentar a situação. Tratava-se de alguém que nunca ninguém sonhou que pudesse algum dia se transformar num psicopata hediondo de quem tivessem de fugir e se esconder. Eu assistia pela televisão e nem queria acreditar que o clima de verdadeiro estado de sítio num ambiente tão pequeno onde nada se passava pudesse estar a ser provocado por aquele indivíduo que eu não julgava capaz de fazer mal a ninguém.

Era noite e eu assistia ao noticiário. Havia um direto feito de um meio rural onde meios foram disponibilizados para procurar uma só pessoa, como faziam em tempos com Pedro Dias. Neste caso, o criminoso não estava armado com caçadeiras, pistolas ou outras armas de fogo...estava armado com uma marreta e escondia-se bem por detrás de árvores e edifícios em ruínas para atacar as vítimas. Uma forma de terrorismo? Pois resultava na perfeição. As pessoas estavam a ser entrevistadas e a olharem para os lados para ver se ele aparecia empunhando aquela ferramenta tão rudimentar que lhe servia de arma.

Andava a polícia a bater aquela zona toda. Provavelmente trazia cães. Um aparato enorme num meio rural. As pessoas nem sabiam onde se meter. Não estavam seguras nas suas casas e muito menos na rua. Eu continuava incrédula e ia refletindo. Nós pensamos que conhecemos verdadeiramente uma pessoa mas, na verdade, nem nos conhecemos a nós mesmos, quanto mais aos outros.

Iria ser um choque para a opinião pública saber que alguém tido como insuspeito andava a espalhar o terror numa aldeia com poucos habitantes da forma mais hedionda.

No sonho não deu para perceber se ele tinha morto alguém. Via apenas medo estampado no rosto de gente simples que viu o seu sossego abalado por alguém que certo dia só pode ter endoidecido.

Acordei a pensar como reagiria a comunidade se aquela pessoa em particular desatasse a fazer uma coisa dessas. Mais à frente, ainda esbocei um sorriso. Afinal de contas, o protagonista deste sonho está lá bem longe vivendo a vidinha dele com tranquilidade. Nada de andar por aí a aterrorizar velhinhos nas remotas aldeias portuguesas.

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