Thursday, April 18, 2013

Pequenas histórias oníricas de uma noite de loucura

Começa a aquecer e isso também se reflecte no meu subconsciente que também tem andado como nos seus tempos áureos nas últimas noites. O facto de as noites também serem aproveitadas para dormir quase sem interrupções ajuda bastante porque são mais horas em que a actividade onírica também é mais elevada.

Começamos com um sonho passado lá em casa. O local é o quarto da minha irmã onde eu estava às escuras, apenas algo luminoso que não sabia identificar brilhava com uma luz ténue. Ouvi barulho. Perguntei quem andava ali. Afinal era a porta do armário da roupa que se estava a abrir. Eu ia-a fechando mas ela teimava em abrir. Parecia ter vida própria.

Depois sonhei que tinha ido até à Figueira da Foz onde fui visitar uma loja com umas amigas. Por acaso, eu acho que já estive ali com a minha irmã e uma colega quando viemos da praia uma ocasião. Lembro-me que fomos comprar ingredientes para uma pizza porque chegaríamos a Coimbra já com tudo fechado. Isso foi aí há uns sete anos. Entrei ali e comecei a olhar a ver em que é que a loja tinha mudado. De facto mudou alguma coisa mas tinha quase a certeza que era a mesma onde tínhamos estado naquela tarde de Agosto. Havia grande desarrumação, sobretudo de papéis. Já não é a primeira vez que sonho com essa loja assim. É a minha representação onírica daquele local. Só pode ser. Comprei um pedaço de leitão (ou seria frango assado com molho de leitão?). Estava mesmo esfomeada e resolvi desembrulhar o petisco e comê-lo imediatamente. A gordura e o molho tinham-se colado ao papel que ia lambendo depois de ter comido. Foi assim que acordei.

Volto de novo a casa onde a minha mãe aparentemente tinha achado um pequeno gato na rua. Trouxe-o para dentro mas, passado um pouco, já tínhamos vários gatinhos em casa que bebiam leite na cozinha. A minha mãe queria escolher um mas não sabia qual. Havia dois ou três brancos e um preto. Eu disse que escolheria aquele último mas os outros ficariam lá em casa também. Eu coloquei todos os gatinhos pendurados no meu pescoço. Estava extremamente divertida assim e pedi que me tirassem uma foto.

Estava a ficar escuro quando seguia pela rua principal da minha terra em direcção a uma missa que se iria realizar em dia de festa. Não sei se estava a amanhecer, se estava a anoitecer mas penso que estava mesmo a amanhecer. Pensava nos meus jogadores de HATTRICK e tinha a intenção de comprar um chamado Matic. Queria atravessar a rua. Nos outros dias seria fácil mas, naquele momento, surgiam veículos de ambos os lados da estrada. A um Domingo de manhã e àquela hora? Que estranho! Quando atravessei, já era tarde para a missa e voltei para trás com a minha prima que entretanto me tinha chamado. Percorremos um caminho de estrada que já é habitual aparecer nos meus sonhos. Perguntei-lhe onde é que aquilo ia dar afinal. Ela conduziu-me até à entrada de um elevador que descia a pique. Metemo-nos lá dentro e iniciámos a descida vertiginosa. Quando saímos, um rapaz desconhecido ajudou-nos a descer. Trazia um folheto das eleições que se iam realizar dali a dias. Era da CDU. Ele pediu licença para rasgar o panfleto e eu disse que sim, que aquele por acaso até nem era o meu partido. Continuámos a seguir pela estrada sem casas.

Via televisão. Um empresário muito snobe lia um livor com uma voz abichanada. O autor era Sá Carneiro (o poeta ou o político?). O livro chamava-se “Renascença” e tinha uma capa preta e dourada. Ele caía tanto no ridículo de o estar a ler naqueles propósitos, que aquilo era, segundo pudemos constatar, um programa de gaffes. Acordei ainda com a voz daquele indivíduo a recitar ecoando-me na cabeça. O primeiro despertador tocou escassos minutos depois.

No comments: