Wednesday, July 04, 2012

Volta ao Algarve

Depois de ontem sonhar que percorria um terreno de terra batida numa moto todo o terreno e sentia uma sensação incrível, foi novamente sobre duas rodas que se fez a colheita onírica de hoje.

O Tour de France começou esta semana. Esperava que tivesse começado só na próxima mas este ano foi diferente. A Rabobank não faltaria neste evento. Mas quem seriam os ciclistas da Rabobank ali presentes? Pensando nisto adormeci.

Sonhei que via uma prova de Ciclismo em casa. Já não é a primeira vez que tenho este sonho. Os ciclistas percorriam uma estrada em muito mau estado e os atletas da Rabobank iam na cauda do pelotão. Não sabia se eles eram da equipa profissional ou da continental

Num ápice, num passo de magia que só existe nos sonhos, estava no local atrás deles. Estava a chover ou já tinha estado. Era um final de tarde de um dia pouco luminoso e a estrada ainda parecia estar molhada.

Nenhum dos ciclistas da Rabobank trazia capacete. A maioria usava os cabelos loiros bem curtos. Vestiam impermeáveis laranja mas havia um deles que vestia um casaco grosso tipo polar de cor vermelha. Embora fosse impermeável por fora, o casaco era bem quente por dento. Estava indignada por eles irem todos atrás e nenhum à frente.

Quando o pelotão se colocou num movimento mais rápido, o ciclista do casaco vermelho deixou-o cair na estrada e logo o apanhei. Ninguém mais lá foi apanhá-lo. Não seria, certamente, o casaco de um craque e só eu tive interesse em o recolher e guardar. Tentei a pé acompanhar a corrida mas eles afastavam-se mais. Era uma etapa da Volta ao Algarve mas já devia ser muito tarde.

Eles iam-se afastando e eu parei ainda com o pelotão no meu ângulo de visão. Fiquei ali parada a examinar o casaco vermelho que o ciclista da Rabobank trazia quando todos vestiam casacos laranja. O casaco estava molhado da chuva por fora e por dentro estava molhado da transpiração. Num dos braços tinha a bandeira holandesa colada tal como se colam os emblemas das capas académicas e no outro tinha o símbolo da Rabobank. Onde raios teria ido ele buscar este casaco? Nem era um equipamento mais antigo. Eles sempre foram laranja ou azuis. Que estranho!

Continuei a andar ou a correr pela estrada. Ainda com o casaco na mão, estava a tirar fotos à paisagem. Estava um belo final de tarde. Uma figura conhecida parou junto de mim. Era um homem alto e extremamente magro que trazia uma criança às cavalitas. Era o Miguel- o guia de Ciclismo da ACAPO. Cumprimentámo-nos, mostrei-lhe o casaco que tinha apanhado da estrada e seguimos os dois na estrada já livre da caravana. Anoitecia. Estava um belo dia. Estava feliz ali.

Quando acordei lembrei-me que o casaco vermelho talvez fosse de algum ciclista que tivesse sido campeão nacional da Holanda e que enverga um equipamento com as cores da bandeira. Durante o sonho não pensei nessa possibilidade. Fui dar uma vista de olhos aos plantéis das duas equipas. Aqueles ciclistas assim todos parecidos uns com os outros com que sonhei poderiam ser todos os ciclistas que fazem parte dos quadros da Rabobank e podiam também não ser nenhuns deles. Seriam da equipa continental talvez, pois a maioria deles tem cabelos loiros e curtos. Quase todos diria eu. Não sei se la há algum campeão nacional da Holanda em alguma coisa. Isso não vi bem. Quanto ao facto de não conhecer nenhum é verdade. São todos estranhos para mim, os ciclistas da segunda equipa da Rabobank. Os que vieram para aqui para a Volta a Portugal há uns anitos estão quase todos na equipa principal. Dois estão mesmo a disputar o Tour de France neste momento.

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