Tuesday, July 17, 2012

Outro fim-de-semana que correu bem

Este fim-de-semana prometia porque se iria realizar a festa de anos sempre atrasada em alguns dias do meu pai. Os pratos em destaque eram o cabrito assado e o indispensável Leitão à Bairrada.

A festa correu muito bem. Os convidados estiveram a confraternizar para lá da meia-noite, apesar de estar uma noite anormalmente fria para esta época de Verão. Toda a gente foi buscar agasalhos. Quem tinha vindo de mangas curtas, teve de suportar o frio.

No Domingo houve um almoço com as sobras da noite anterior. Os meus vizinhos foram lá almoçar. Víamos o noticiário. Em directo passaram imagens da etapa do Tour de France que estava a acontecer e que iria ser acompanhada na RTP 2. Ao ver Sérgio Paulinho e pelo menos um ciclista da Rabobank no grupo em fuga, fiquei logo em ondas para ir ver essa etapa. Tive de ir ver televisão para o quarto da minha irmã. O filho do meu vizinho foi também ver o Ciclismo comigo.

Afinal eram dois ciclistas da Rabobank na fuga. Um era Luis Leon Sachez. O outro não conheci. Sempre havia mais hipóteses de vencermos.

O outro ciclista da Rabobank presente no grupo de fugitivos era Steven Kruijswijk que fez um excelente trabalho no sentido de partir o grupo e levar o seu companheiro Luís Leon Sanchez à vitória como acabou por acontecer.

Agora tenho pouco tempo para acompanhar o Ciclismo e a minha equipa por estar a trabalhar mas, sempre que vejo uma etapa, Luis Leon Sanchez dá-nos um triunfo. Nos anos em que eu me fartava de procurar na Internet canais para acompanhar o Tour, a Rabobank não fazia nada de jeito, para meu desespero. Hoje até parece que sabem que eu assisto pela televisão e esmeram-se para vencer. Sim, porque esta vitória não é só do Luís. Há muito mérito daquele miúdo que ia com ele. Ainda cortou a meta em décimo lugar, o Steven Kruijswijk (lê-se Krausveik) mas os jornalistas complicavam e muito. Aliás, lembro-me do Europeu de Sub-21 em 2006 que foi aqui em Portugal. Na selecção holandesa que se viria a sagrar campeã também havia um Kruijswijk (seria familiar deste?). Era uma dor de cabeça para os jornalistas que acabaram por perguntar aos holandeses, se bem me lembro, como se lia aquilo. O primeiro nome deste é Steven. Bem mais fácil de dizer. O nosso amigo cortou a meta em décimo lugar e já com visíveis marcas de quem tinha ido ao chão.

No final da etapa Luis Leon Sachez (que também já tinha caído nesta edição do Tour) disse que a equipa só tinha quatro elementos. Estavam dois em fuga, logo metade da equipa e chegou para vencerem. Mas só quatro?!!! Espera aí, mas as equipas não iniciam com nove? Fiquei de averiguar o que se passava ali.

Se fosse uma equipa do país vizinho, logo depreendia que tal razia se tivesse ficado a dever a viroses, intoxicações alimentares, gastrenterites, desarranjos intestinais e afins. Tratando-se da Rabobank, noventa e nove virgula nove por cento das desistências são devido a queda. Não me enganei.

Para alem dos dois protagonistas da fuga e da vitória na etapa, a Rabobank tem ainda Bram Tankink e Laurens Ten Dam. Os outros? Foram para casa atados com ligaduras e esfolados até à alma por terem caído. Mas que praga! Não sei se há estatísticas para isso mas a Rabobank será provavelmente a equipa com mais quedas. Bem, também é a mais antiga em actividade mas estes de agora ainda são piores para cair do que o Erik Dekker e o Michael boogerd que eram uns azarados nessa matéria.

Este Robert Gesink então é um mártir. Lembro-me de um Tour anterior em que ele sempre andava no chão e por isso não ia a lado nenhum. É um jovem com talento mas as quedas estragam-no. O outro puto maravilha da Rabobank que se chama Bauke Mollema também desistiu devido a queda.

Em 2003 lembro-me de a Rabobank também ter acabado o Tour com quatro ou cinco. Logo na primeira etapa ou na segunda perdeu logo dois atletas. Um deles era o Levi Leipheimer que estava em boa forma. Se havia ano em que a Rabobank tinha hipóteses de vencer o Tour seria nesse ano com o Levi, não em 2007 com aquele outro senhor que andou de amarelo a passear-se e acabou no olho da rua.

São apenas quatro. Dois deles pelo menos já visitaram o chão. Mesmo assim vencem uma etapa. Força Rabobank!


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