Um clássico da literatura norueguesa.
Esta é a história de amizade ou algo mais entre duas meninas de onze anos. Uma delas é nova na povoação (aquilo não deve ser uma cidade). Temos a menina mais popular da escola que só quer ser amiga da forasteira que, após a morte da mãe, vai viver com a tia.
A menina mais popular da escola vai a casa da sua colega e ali partilham momentos de cumplicidade. Mais tímida, a miúda de fora, no outro dia, não tem coragem de encarar a amiga na escola e por isso vagueia por ali.
Perante uma paisagem gelada, a menina vê-se atraída para uma enorme construção feita pela mão da Natureza- o palácio de gelo. Tão encantadora, como desafiante, aquela construção branca atrai a criança que a resolve explorar até que se perde. Ali parece ficar sepultada sem que ninguém a encontre.
Um dia a amiga visita também aquela misteriosa construção e parece ver a outra menina cristalizada no gelo mas não acredita que a viu.
Na primavera, aquela construção acaba por ruir, levando consigo todos os seus segredos.
Não admira que Jon Fosse gostasse deste autor. Tem uma escrita parecida em alguns aspetos. Aquela parte em que a menina se encontra no interior da construção e morre de frio é muito semelhante ao que, mais tarde, o prémio Nobel Da Literatura em 2023 escreveu no seu livro “Brancura”. Alguém que morre congelado.
Não se chega a saber o tipo de relação e o pacto que as duas crianças fizeram e que fica destruído com a queda do Palácio De Gelo.
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