Chega-nos de França este livro de crime real. É a história de J.c.R. que foi acusado de matar a mulher e os filhos bem como os seus próprios pais a cinquenta quilómetros da sua residência.
O escritor francês emmanuel Carrere contactou o assassino e traçou o perfil de um homem que levou toda a sua vida a mentir, a enganar, a trapacear…
Jean-claude dizia a toda a gente que ocupava um importante cargo na OMS mas ninguém lá o viu. Aliás, ele chegou a matricular-se em medicina mas faltou a um exame dando explicações esfarrapadas, a última das quais teve a ver com o suicídio de uma amiga.
Ele também extorquia dinheiro a familiares e idosos que se viam a braços com doenças crónicas, especialmente cancro. Também tinha uma amante a quem pediu dinheiro numa quantia avultada. Os crimes terão sido cometidos por medo que todas as suas mentiras e fraudes financeiras viessem ao de cima.
Mas o que leva afinal um indivíduo aparentemente normal a cometer crimes hediondos contra a sua própria família? No tribunal apresenta-se um homem destroçado. Há dúvidas que ele seja uma pessoa sã de mente.
Inventa que tem cancro para que as pessoas o ajudem financeiramente. Serve-se da vulnerabilidade e do desespero de quem tem uma doença fatal para extorquir dinheiro em troca de comprimidos manhosos…Por fim mata a sangue frio e coloca fogo na própria casa á hora que passa o carro de recolha do lixo, começando no sótão para as labaredas se verem da rua. Inventa um assalto em casa que correu mal.
Este homem não é doente, é diabólico. Volto a dizer, a realidade ainda é mais cruel do que a ficção e, por mais que inventem nos livros ou filmes crimes macabros e assassinos diabólicos, eles não são nada ao lado do que os de carne e osso conseguem fazer.
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