Wednesday, February 15, 2023

“obrigado Pelo Atraso” (impressões pessoais)

Leio agora um livro um pouco extenso que nos leva a pensar no mundo atual em que vivemos.

 

O título  deste livro vem do facto de vivermos tão acelerados nas nossas vidas, com cada segundo preenchido, que só temos tempo para nós quando esperamos por alguém num compromisso ou reunião. Aí, com a vida em suspenso,  temos tempo de sobra para parar e pensar.

 

Desde 2007 com o avanço tecnológico que nos deram os smartphones e outras tecnologias, o Mundo tem seguido  a uma velocidade alucinante, não se sabendo onde tudo isto irá parar. Estas acelerações são sentidas a vários níveis, mesmo a nível climático, demográfico e social.

 

De presente, o que nos parece tão distante e inacessível, está aí mesmo ao virar da esquina. Novas tecnologias de ponta rapidamente se tornam banais nos dias de hoje, pouco tempo distando entre a sua criação e a sua desatualização e substituição por algo mais avançado.

 

Vivemos na era da globalização. Algo que fazemos em nossas casas rapidamente chega ao outro lado do Mundo, algo que veio revolucionar vários aspetos da nossa vida, especialmente na área dos negócios, das relações laborais e da forma como hoje nos relacionamos, privilegiando os encontros virtuais em vez de encontros cara a cara.

 

Hoje tudo é monitorizado, tudo é transmitido, os dados circulam vertiginosamente em tempo real. Hoje cada um pode aprender sem sequer ir á universidade, basta assistir a aulas, tutoriais e  conferências no conforto do lar. Cada pessoa hoje pode ser o que quiser. Não há limites. Para o bem e para o mal, o mundo virtual é uma fonte inesgotável de informação e de saber.

 

Estamos a entrar  num ciclo extraordinário e ao mesmo tempo perigoso. Não sabemos onde isto nos vai levar. Cada um de nós, no seu quotidiano, não precisa de parar muito tempo para pensar no que se  transformou a sua vida em escassos anos.

 

No meu caso, costumo dizer que, se tivesse cegado em 2005, tinha a vida mais dificultada do que tenho hoje. Com um smartphone pejado de aplicações que me auxiliam, mitigam-se os constrangimentos da perda de visão no acesso á cultura e à informação. Nessa altura teria forçosamente de aprender Braille para ter acesso a livros que são muito difíceis de transportar. Hoje basta-me uma aplicação para conseguir ler um livro como este.

 

Também a nível do Desporto e da saúde se verificam diferenças significativas. Basta usarmos um relógio no pulso ligado ao telemóvel para serem ali debitados todos os dados de saúde e mais alguns, como a frequência cardíaca, o nível de oxigénio no sangue, as horas de sono…

 

Antigamente tínhamos de andar de cronómetro na mão para medir os tempos das corridas. Hoje basta este mesmo relógio para contar o número de passos, a que velocidade vamos, quantas calorias perdemos…

 

Em relação ás alterações climáticas, lembro-me de em fevereiro já se andar de manga curta. Hoje está frio quase até junho, para depois surgir o extremo calor que se prolonga até outubro ou novembro.

 

Muitos mais exemplos teria aqui para dar mas este texto já vai longo.

 

Só digo uma coisa: isto já não é como antigamente.

 

No comments: