Friday, February 05, 2016

Os mesmos gatos, as mesmas inquietações



Ainda não eram duas da manhã, a julgar pela música que ainda passava no rádio que tinha deixado ligado. Ainda não tinham passado duas horas e parecia que toda uma noite de sono e de agitação onírica já havia passado.

Bem, voltou a acontecer a mesma coisa de há dias. Desta vez não eram cadáveres em decomposição que me atormentavam. Era mesmo alguém que se tinha magoado a valer com uma ferida horrível na cabeça que não parava de sangrar.

Aparentemente esse jovem ainda estava vivo e passeava-se assim pela rua. Tentava desesperadamente estancar o sangue e tapar a ferida com uma ligadura e bastante adesivo. O sangue jorrava e fazia uma espécie de crosta. Nada segurava ali.

E onde é que entram aqui os mesmos gatos do sonho anterior? Mais uma vez, eram gatos que também se encontravam bastante feridos e vinham assim ter a casa. Se calhar ainda me inquietava mais com as lesões dos gatos do que com a de um Ser Humano. Por menos que tenha contacto com ele ou o conheça.

Mais uma vez, assolavam-me sentimentos de medo e de repulsa, embora em menor escala do que da outra vez.

O resto da noite prometia mas enganei-me. Dormi tranquilamente até de manhã.

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