Thursday, January 07, 2016

Novas bicicletas



Ano Novo, sonhos ainda mais disparatados. Isto começa bem!

Hoje em dia, com o advento das redes sociais, é mais normal sabermos que roupa um estranho está a usar lá longe e não sabermos que roupa está a usar o vizinho do lado ou o nosso amigo que conhecemos há anos. Qualquer dia acontece o que a seguir vou narrar.

Sonhei que estava a ver umas fotos de uma atleta brasileira. Ao colocar like numa foto onde ela estava a andar numa estranha bicicleta, eis que o rumo do sonho muda completamente.

Agora estamos todos em Coimbra prontos para partir. Apesar de não ser Verão, a tarde está quente e o Sol faz-se sentir sobre as nossas camisolas amarelas. Pois é, estávamos todos de amarelo e as bicicletas eram azuis e pretas. Eu fui a última a chegar. Os outros já lá estavam todos.

Aquelas bicicletas eram especiais. Dava para pedalarmos e para darmos aos braços, como acontece com as bicicletas dos deficientes motores. Creio que a finalidade era mesmo essa- criar um veículo adaptado multifuncional para ser acessível a toda a gente.

Depois de estar cansada de pedalar, comecei a dar aos braços e então comecei a ultrapassar os meus colegas. Foi quando alguém pediu para parar para comer uns bolos de farinha e açúcar que estavam quentinhos e eram servidos naquele café especificamente. Lá desmontámos e fomos até lá. Eu fui a última a ser atendida. É sempre assim. Até na realidade. Estava a ver que os outros se iam embora sem mim.

Ainda a saborear o bolo, voltei a montar na minha bicicleta mas os guias já tinham mudado. Não havia problema. Com estas bicicletas, podia perfeitamente andar sozinha.

Mas para que é que parámos? Recomeçar foi mais difícil. Estava cansada e os outros iam me passando. Sentia calor e sede.

Desta vez fui eu que mandei parar noutro café para comprar água. Aquelas bicicletas possuíam uma quantidade imensa de bolsos para arrumarmos as nossas coisas. Demorei a encontrar a carteira para pagar a água. Depois, como se isso não bastasse, não estava a encontrar dinheiro trocado e tudo me caía ao chão.

Acordei quando me fazia novamente à estrada.

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