Monday, March 24, 2014

Sonhando e voltando a sonhar com aves nocturnas



Não é admiração nenhuma sonhar com corujas ou com mochos a cantarem ou com uma segunda vida da minha avó. Eu é que não gosto de ouvir essas aves na vida real (porque dizem que são de mau agoiro) e parto do princípio de que nos sonhos também o são.

Consultando alguns dicionários, não há um consenso em relação ao significado destes sonhos. É melhor passa-los a narrar.

Bem, o primeiro tem lugar numa casa que não é a nossa. A minha avó está sentada de costas para uma janela aberta. A noite está agradável. É uma bela noite de luar. De repente, aquilo que no sonho eu apelidava de mocho começou a cantar no galho de uma árvore. A minha avó levou as mãos à cabeça preocupada com a eventualidade de morrer uma segunda vez. Ela era muito dos presságios e das premonições. Não me lembro de ter ouvido algum mocho ou alguma coruja cantar na véspera da sua morte. Ouvi sim o nosso cão a uivar.

Outro sonho foi experimentado tendo aves nocturnas como assunto principal. Estávamos na sala todos a conversar animadamente. Também lá estava a minha avó, por acaso. De repente ouviu-se algo na rua. Eu perguntei se aquilo era uma coruja e a minha mãe disse que sim. Abri a porta da sala de rompante. Também estava uma bela noite de luar. A coruja cantava para os lados da casa dos meus vizinhos. Era lá que também tinha parado um carro. Ela terá fugido quando o veículo parou. Deveria ter os faróis ligados e ela teve medo.

Neste segundo sonho, relatava o primeiro. É curioso. Já não é a primeira vez que acontece ter sonhos em noites consecutivas que se podem ligar um ao outro. Nestes casos, um é o sonho e o outro é a realidade.


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