Saturday, April 24, 2010

O jarro azul

Mais uma noite bastante agitada. Quase tanto como os próprios dias de há cerca de dois meses a esta parte, posso assegurar.

Nem de noite tenho sossego com as questões do trabalho, uma vez que me deparo a sonhar com coisas com que lido mais de doze horas por dia. O mundo do trabalho tem vindo a povoar de forma definitiva os meus sonhos mas às vezes há umas nuances engraçadas.

Andavam a fazer obras perto de minha casa. Eram inúmeras máquinas todas iguais. Precisava de sair para ir almoçar. Escusado será dizer que se tratava de um almoço de trabalho. A preocupação de apanhar os transportes nem a dormir me deixa em paz.

Andava a trabalhar nessas obras um senhor já idoso da minha terra que gosta imenso de uma pinga. Então a minha mãe pegou num jarro de um azul brilhante cheio de vinho e começou a fazê-lo circular pelos funcionários. Não havia copos. Todos tinham de beber directamente daquele jarro.

“Mas onde diabo estava aquilo?” pensava eu enquanto ele circulava de mão em mão. Se há coisas que nos sonhos terão um certo simbolismo, estou convicta de que aquele jarro azul será uma delas. Só não sei o seu significado.

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