“o pum que esta senhora deu, não foi ela fui eu”, dizia Bocage, certamente com outro termo mais brejeiro, como era seu apanágio.
Houve um dia que me ocorreu questionar por que razão as pessoas acham tanta piada a uma flatulência, que é algo tão normal e faz parte da vida?
Aqui neste livro fala-se de sempre colocarem a culpa nas crianças mais novas, ou até nos animais, acrescento eu, sempre que um mau cheiro ou um som duvidoso se faz sentir.
Uma das pessoas que eu conheço que mal pode ouvir o ruído de um flato que ri como se não houvesse amanhã, é a minha vizinha, Eva, conhecida por Ti Quitas. Sejam os dela própria ou dos outros, ela sempre ria a bandeiras despregadas.
Houve uma passagem de ano em que ela e o meu pai estavam a fazer uma espécie de concurso para ver quem era o autor dos mais fedorentos e mais espetaculares flatos. O meu pai arrematou com esta frase, declarando-se vencedor: “você nem um peido em condições sabe dar!”
A minha vizinha, especialista em matéria de flatulência, se houvesse um concurso ela tinha de estar no júri…tinha o hábito de chamar as pessoas de propósito para as presenciar com a arte da flatulência.
São muitas as histórias de ventosidades anais que se contam. Nós, portugueses, devemos ser peritos. Bocage seria um dos campeões.
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